100 Cidades Africanas destruídas pelos Europeus, por Mawuna Koutonin

Porque existem poucos edifícios históricos e monumentos na África subsaariana!?

Parte 1

O motivo é simples. Os europeus destruíram a maior parte. Só nos restam os desenhos e descrições de viajantes que visitaram os lugares antes das destruições. Em alguns lugares, ainda se podem ver ruínas. Muitas cidades foram abandonadas e viraram ruína quando os europeus trouxeram doenças exóticas (varíola e gripe) que começaram a se espalhar e matar gente. As ruínas dessas cidades ainda se encontram escondidas. De fato, a maior parte da história de África está ainda soterrada.

Neste artigo, vou compartilhar fragmentos de informação sobre África antes da chegada dos Europeus, as cidades destruídas e as lições que podemos aprender, enquanto africanos, para o futuro. (mais…)

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Guiné-Bissau: A colónia onde todas as Fatumata tinham de se chamar Maria

Havia um sino que mandava os negros sair do centro da cidade, e até bem tarde dominou o trabalho forçado. A Guiné-Bissau, onde os cabo-verdianos eram usados como capatazes, foi o primeiro país africano a libertar-se de Portugal.

Por Joana Gorjão Henriques (texto, em Bissau, Bafatá e Cacheu), Adriano Miranda (fotos) e Frederico Batista (vídeo), em Publico

À beira da estrada os vendedores ocupam os passeios com panos, tachos e panelas feitos com restos de latas de refrigerantes, comida, chinelos, ténis, roupa, aparelhos electrónicos. Setembro já não é o mês pior das chuvas, mas o céu ainda está cinzento e carregado quando atravessamos de carro a zona da Chapa de Bissau. Há gente e gente na rua, mulheres a caminhar com quilos de fruta ou frutos secos na cabeça, muitos carros a circular por uma terra laranja-forte. (mais…)

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‘Racismo tem profundas raízes no colonialismo e na escravidão’, diz chefe de direitos humanos da ONU

Alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein participa da primeira reunião regional da Década Internacional de Afrodescendentes. Mais de 150 representantes da sociedade civil e governos de toda a América Latina e o Caribe estão reunidos em Brasília esta semana e debatem estratégias para promover a igualdade e os direitos de afrodescendentes

ONU BR

Começou nesta quinta-feira (3), em Brasília, a primeira reunião regional realizada no contexto da Década Internacional de Afrodescendentes da ONU. A América Latina e o Caribe foi a primeira a se organizar para discutir as ações e expectativas para a Década, que teve início esse ano e acontecerá até o ano de 2024. O evento, organizado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e sediado pelo governo brasileiro, segue até sexta-feira (4), com transmissão ao vivo, e reúne cerca de 150 pessoas de toda a região. (mais…)

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Ação de graças [ou Dia do Luto?]

Por Elaine Tavares, em seu blog

Final de tarde, barra do dia se escondendo e eu fui dar uma espiada nas redes sociais, ver as notícias, saber o que está acontecendo e essas coisas. Com surpresa reparei várias postagens de gente saudando o Dia de Ação de Graças. Estaquei, cabelo em pé. Já não basta a tolice de festejar o halloween, uma festa gringa que nada tem a ver com nossos mitos? Agora essa? Festejar o “thanksgiven”, outra festa típica dos Estados Unidos.  Então, talvez por conta de outras tantas dores represadas, chorei. Chorei até mais não poder. (mais…)

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A pertinência de se ler Fanon, hoje – parte 2

por Inocência Mata, em Buala

(…) Composto por cinco capítulos, que continuam as problemáticas de livros anteriores, (especialmente Pele Negra, Máscaras Brancas), Os Condenados da Terra parece ser, de facto, um livro testamentário, sobretudo tendo em conta o seu momento de escrita. Assim, a alienação cultural e seus traumas, a internalização da dominação (hoje falar-se-ia de subalternidade) e suas consequências na fragmentação da cultura nacional (cuja existência Fanon recusa em situação colonial pois considera que esta paralisa na sua totalidade a cultura nacional), a relação entre cultura nacional e lutas de libertação, as ideologias nacionalistas e seus equívocos, os programas (mínimos e máximos) dos movimentos nacionalistas e seus falhanços, o modus operandi monolítico dos poderes pós-coloniais e suas semelhanças com o poder colonial, o papel da burguesia e da «nova» elite, as ideologias dos nacionalistas africanos (que Fanon considera terem sido importadas), as ambiguidades do «intelectual colonizado», as frustrações do ex-colonizado face ao novo país são matéria de Os Condenados da Terra: uma análise multi e transdisciplinar, multidimensional, da violência como realidade inerente à situação colonial que está presente em todas as expressões materiais e simbólicas da sociedade, mesmo depois das independências, detendo-se demoradamente na terapêutica da violência como inevitável, pois «as posições defensivas surgidas do confronto violento do colonizado com o sistema colonial organizam-se numa estrutura que revela então a personalidade colonizada»[1]. Quem ler antes Pele Negra, Máscaras Brancas tenderá a considerar este livro como a síntese da análise da «extensão dos sofrimentos psíquicos causados pelo racismo e pela presença viva da loucura no sistema colonial. Com efeito, em situação colonial, o trabalho do racismo visa, em primeiro lugar, abolir toda a separação entre o eu interior e o olhar exterior.»[2] (mais…)

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12 de octubre: “Día de los Pueblos Originarios y del Diálogo Intercultural” + A versão de Eduardo Galeano

Servindi, 12 de octubre, 2015

Hace 523 años, con el financiamiento de los Reyes Católicos de España, el navegante genovés Cristóbal Colón llegó a la isla de Guanahaní, en el archipiélago de las Bahamas, creyendo haber llegado a la India y otras regiones de Asia oriental.

A pesar de que Colón desconocía que estas tierras correspondían a un “nuevo continente”, su arribo significó el comienzo de la colonización y el abuso contra los nativos americanos por parte de los europeos, además de la expropiación de sus tierras y recursos. (mais…)

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A pertinência de se ler Fanon, hoje – parte 1*

por Inocência Mata, em Buala

Ó meu corpo, faça sempre de mim um homem que questiona!
(Última prece de Frantz Fanon em Pele negra, máscaras brancas.)

No dia 6 de Dezembro de 1961[1], morria em Maryland, Washington[2], Frantz Fanon. Soubera um ano antes, em Túnis, que sofria de leucemia e que teria menos de um ano de vida. Ainda assim, empenhara-se por acabar a tarefa que tinha entre mãos, Os Condenados da Terra, livro que escreveu entre Abril e Julho de 1961, com um ritmo febril, nas palavras de Homi Bhabha[3], e que acabaria por ver publicado. Morreria dias depois, aos 36 anos, sete meses antes da proclamação da independência da Argélia (5 de Julho de 1962), a pátria adoptiva a que chegara em 1953[4] (e de que seria expulso em 1957), depois de oito longos anos de uma guerra de libertação que ceifou centenas de milhares de vidas humanas. (mais…)

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O Brasil está se democratizando, a Amazônia não. Entrevista com Lúcio Flávio

Hoje o blog da repórter publica uma entrevista exclusiva com o jornalista Lúcio Flávio Pinto, um trabalho conjunto com o jornalista Francisco Viana. O tema é seu novo livro sobre a Amazônia. O objetivo é fazer, deste,  um espaço que contribua para construir uma Amazônia voltada para o bem comum, tema que  parece ainda não fazer parte da nossa consciência coletiva. Boa Leitura.  

Por Rita Soares (em seu blog) e Francisco Viana, de Belém

O Brasil está se democratizando, a Amazônia não. É o que afirma no seu novo livro, “O Fim da Amazônia”, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, segundo quem a região ainda é prisioneira da época colonial. (mais…)

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