Um mundo opaco, um grito de dor…, por Elaine Tavares

Elaine Tavares, Palavras Insurgentes

De fato, por aqui, pelo menos por agora, não vivemos uma guerra de verdade, com bombas explodindo casas e gente matando gente sem qualquer razão plausível.  Mas, é certo que nesse nosso mundo estranho, das grandes cidades, temos muitos espaços em que a violência institucional é pão comido, realidade cotidiana, tão cruel quanto a realidade de uma guerra. As balas estouram nas casas e as pessoas morrem como moscas. E, a dita sociedade, de modo geral, vai se acostumando a essas cenas, como se elas se naturalizassem. Assim, de repente, uma chacina num bairro qualquer da grande São Paulo passa a ser só uma notícia na TV. Negros e pobres, “potencialmente marginais”, nada de mais. (mais…)

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Somos filhos da Petra ou da Preta?, por José Ribamar Bessa Freire

Em Taqui Pra Ti

Desocupado (a) leitor (a), peço que examines os fatos com isenção, sem preconceitos e depois me diz com toda a sinceridade quem é a civilizada: a Petra ou a Preta? Qual das duas podia ser tua mãe? Quem é que gostarias que te educasse e com quais valores e princípios éticos?

A Petra vive em Budapeste às margens do rio Danúbio, centro financeiro, cultural e histórico da Europa. Estudou na Universidade de Pécs, uma das mais antigas do mundo, fundada em 1367 pelo rei Luís I da Hungria, um país com vários ganhadores do Prêmio Nobel. Frequenta teatros, museus, cinemas, bibliotecas, centros culturais e restaurantes sofisticados. Fala inglês, russo e alemão, além do húngaro que, segundo Chico Buarque, é “a única língua do mundo que o diabo respeita”. Repórter da rede N1TV, filma, fotografa, usa computador, carro, metrô, avião e perfume francês. (mais…)

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Os bancos preparam a próxima crise global, por Susan George

Como a aristocracia financeira recuperou poderes e regalias que levaram ao terremoto de 2008. Por que, ao poupar este setor, políticas como “ajuste fiscal” brasileiro abrem caminho para novo desastre

Em Outras Palavras

Sempre otimista, não acreditei que os bancos sairiam da crise de 2007 a 2008 mais fortes que antes, sobretudo em termos políticos. É verdade que alguns pagaram multas que os fizeram cambalear — um total de 178 bilhões de dólares para os bancos norte-americanos e europeus — mas consideram que tais desembolsos são “o preço de fazer negócios”. Nenhum[dos] líderes do setor que quebrou a economia mundial passou uma só noite na prisão, nem teve que pagar, pessoalmente, uma única multa. (mais…)

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Desde 2011, se ahogaron más de 2.000 sirios

Se han ahogado en el Mediterráneo intentando llegar a Europa, informó ayer la Organización de Naciones Unidas (ONU), y agregó que no se ve el final de la guerra civil siria.

Los Andes

Más de 2.000 sirios se han ahogado en el Mediterráneo desde 2011 intentando llegar a Europa, informó ayer la Organización de Naciones Unidas (ONU), y agregó que no se ve el final de la guerra civil siria.  (mais…)

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Revoluções “Made in CIA” no norte da África e Oriente Médio provocam morte de migrantes em fuga

Por LBI-QI, no Diário Liberdade

A cena de um menino de dois anos morto por afogamento na costa turca chocou o mundo. Desgraçadamente ele é “apenas” um dos milhares de mortos que perdem a vida nas viagens de imigrantes desesperados para a Europa.

Contudo, estes não são acidentes, são crimes. Os imigrantes e os refugiados são forçados a esta realidade devido à política imperialista da OTAN, dos EUA e da UE, pela agressividade e intervenção na Líbia, Iraque, Mali, Iêmen, vendidas ao mundo como “revoluções”, assim como pelas políticas das transnacionais e pelo saque de recursos naturais na África e Oriente Médio, pela destruição e manipulação das economias dos países e, finalmente, pela política da União Europeia e seus governos contra os trabalhadores imigrantes. (mais…)

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La Vía Campesina llamado a la acción para la cop21 en París

Llamado de La Vía Campesina –  “La agricultura campesina es una solución verdadera a la crisis climática”

Via Campesina

(Harare 3 de Septiembre de 2015)  Los trastornos climáticos han, este año, causado grandes hambrunas, migración y el empeoramiento de la condiciones de vida para millones de familias rurales, especialmente mujeres y  jóvenes. Mientras que los pequeños agricultores en todo el mundo produce los alimentos que la mayoría de los pueblos consume, los glaciares se están derritiendo a un ritmo alarmante,  especies de plantas y animales están desapareciendo cada día, islas y naciones están siendo invadidas por océanos, los suelos se erosionan, los bosques queman y los eventos catastróficos, tales como huracanes, tornados, terremotos y tsunamis parecen noticias cualquier. Mientras tanto el sistema alimentaria mundial impuesto por las multinacionales  es a la vez un fracaso total y una de la causa principal de la crisis climática inducida por el hombre. La dependencia hacia los combustibles fósiles para producir, transformar y transportar es responsable  de un estimado de 44 a 57 % del total de las emisiones de gas a efectos invernaderos[1]. En vez de ofrecer una alimentación nutritiva para los pueblos del mundo, las multinacionales han producido hambre y obesidad, acaparamiento de tierras y desplazamiento rural y una crisis climático que ahora quieren resolver con falsas soluciones vendidas a la ONU. (mais…)

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Quando a imagem da morte é necessária para nos lembrar dos vivos, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Li reclamações de leitores de jornais e sites indignados com a veiculação de uma imagem do corpo morto de um pequeno menino sírio, afogado e estirado em uma praia da Turquia após uma tentativa fracassada de sua família atravessar o mar fugindo da guerra.

Publicadas com cuidado que o tema merece, por mais que doam aos olhos e mexam com o estômago e atrapalhem o jantar ou o café da manhã, imagens têm o poder de trazer a realidade para perto. (mais…)

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O fantasma do Ultra-capitalismo

Três acordos globais de comércio, negociados em sigilo, ameaçam direitos sociais, ambiente e próprio sentido da democracia. Que são e como afetam o Brasil

Por Antonio Martins – Outras Palavras

1.
Sobre salas blindadas e seus segredos

Num texto publicado há dias, por Outras Palavras, o sociólogo Michel Löwy expõe, em termos teóricos, a crescente tensão entre a voracidade do capitalismo e a fragilidade da democracia, acossada por um sistema que deseja reduzir todas as relações sociais a mercadoria. Para um exemplo concreto, considere este relato, feito pelo jornalista Robert Smith e publicado em 14/8 pelo diário britânico The Independent. (mais…)

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Boaventura: Para ler em 2050

“Por isso, aconteceu o que aconteceu. O quão terrível foi está inscrito no modo como tentamos curar as feridas da carne e do espirito ao mesmo tempo que reinventamos uma e outro”

Por Boaventura de Sousa Santos – Outras Palavras

Quando um dia se puder caracterizar a época em que vivemos, o espanto maior será que se viveu tudo sem antes nem depois, substituindo a causalidade pela simultaneidade, a história pela notícia, a memória pelo silêncio, o futuro pelo passado, o problema pela solução. Assim, as atrocidades puderam ser atribuídas às vítimas, os agressores foram condecorados pela sua coragem na luta contra as agressões, os ladrões foram juízes, os grandes decisores políticos puderam ter uma qualidade moral minúscula quando comparada com a enormidade das consequências das suas decisões. Foi uma época de excessos vividos como carências; a velocidade foi sempre menor do que devia ser; a destruição foi sempre justificada pela urgência em construir. O ouro foi o fundamento de tudo, mas estava fundado numa nuvem. Todos foram empreendedores até prova em contrário, mas a prova em contrário foi proibida pelas provas a favor. Houve inadaptados, mas a inadaptação mal se distinguia da adaptação, tantos foram os campos de concentração da heterodoxia dispersos pela cidade, pelos bares, pelas discotecas, pela droga, pelo facebook. (mais…)

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Outra Europa não é possível

Ao desprezar plebiscito grego, União Europeia abandonou seu flerte com democracia e direitos. Esquerda pós-capitalista precisa perceber virada, para não tornar-se supérflua

Por Bernard Cassen | Tradução: Antonio Martins, em Outras Palavras

Durante quase três milênios, os maiores matemáticos – entre eles, os gregos Hipócrates e Arquimedes – tentaram resolver o problema da quadratura do círculo: a construção de um quadrado de área idêntica a um círculo dado, utilizando apenas uma régua e um compasso. Foi preciso esperar 1883 para que um professor alemão, Ferdinand von Lindemann (1852-1939), demonstrasse que isso era impossível. (mais…)

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