A canoa vai de proa /e de proa eu chego lá,
Rema, meu remo, rema / Meu remo, rema.
(Fafá de Belém – Indauê Tupã)
Confesso um pecado academicamente mortal: não conheço a obra de Michel Foucault. O único livro dele que li de cabo a rabo foi A História da Loucura escrito ainda no início dos anos 1960. Tomei conhecimento dos demais só através de resenhas, entrevistas, citações em dissertações e teses em cujas bancas me envolvi. Um amigo querido, ex-professor da UFF, que era vidrado no filósofo francês e não dizia um “oi” sem citá-lo, morreu sem perdoar meu pecado. Se ele ainda estivesse vivo, agora sim, me absolveria porque, para me redimir, eu o cumprimentaria assim citando Foucault: (mais…)