Rita Carelli lança coleção com histórias infantis indígenas

Boa Informação

O universo das crianças indígenas hoje no Brasil vai bem além de clichês e mitos. A partir dos filmes do projeto Vídeo nas Aldeias, Rita Carelli, Ana Carvalho e Mariana Zanetti adaptaram para a literatura infantis histórias que retratam o universo de aldeias e tribos contemporâneas, criando a coleção Um Dia na Aldeia, editada pela Cosac Naify e com seis títulos já publicados. Os volumes, bilíngues e com DVD dos filmes que os inspiraram, ganham lançamento neste sábado (11/7), a partir das 16h, na Livraria Cultura do Paço Alfândega.

Além da sessão de autógrafos, o evento vai contar com exibição de três filmes: Depois do Ovo, a Guerra, de Komoi Panará; A História do Monstro Khátpy, do coletivo Kisêdjê; e Akykysiã, o Dono da Caça, de Vincente Carelli. “Nos livros e filmes, não vemos só mitologias. Outros temas também aparecem com uma perspectiva bem contemporânea. A ideia era trazer esse panorama atual da infância indígena, desmitificando a noção de que são só povos puros da floresta. Há histórias que mostram crianças que vivem cercadas de fazendas, usam roupas, vão à escola”, conta Rita Carelli, uma das responsáveis pela coleção.

Ele lembra que os livros fazem um pequeno recorte da diversidade da população das florestas no Brasil, afinal, são mais de 240 povos distintos. “A função principal é diminuir um pouco o abismo e a ignorância do Brasil em relação ao mundo indígena. Existe essa visão mais positiva dos índios, com crianças brincando. E é uma inspiração para a infância de hoje, porque ainda se fala de pescar, subir em árvore, comer frutas do pé”, comenta a autora e atriz, presente no longa Permanência, filme de Leonardo Lacca lançado neste ano.

As narrativas infantis surgiram quando o pai de Rita, Vincent, fundador do Vídeo nas Aldeias, a convidou para o desafio. “Nós vimos potencial porque meus sobrinhos já gostavam dos vídeos, mesmo que eles não fossem pensados especificamente para crianças”, lembra Rita. “As crianças normalmente ficam fascinadas. Elas têm menos preconceitos arraigados.”

Os próximos projetos de Rita incluem a temática. Ela deve concluir o volume Como Eu Me Tornei um Menino e Voltei a Ser uma Menina, que venceu uma bolsa do Proac de São Paulo e fala sobre sua infância entre índio. “Tem um longa em que atuei, Antes o Tempo Não Acabava, que vai e também tem uma relação com índios. Eu fiz a preparação de elenco e atuo no filme, dirigido por Sérgio Andrade”, antecipa.As narrativas infantis surgiram quando o pai de Rita, Vincent, fundador do Vídeo nas Aldeias, a convidou para o desafio. “Nós vimos potencial porque meus sobrinhos já gostavam dos vídeos, mesmo que eles não fossem pensados especificamente para crianças”, lembra Rita. “As crianças normalmente ficam fascinadas. Elas têm menos preconceitos arraigados.”

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