Suspeito de racismo em SP responde por tentativa de homicídio

O estudante Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, 21, um dos suspeitos de agredir por racismo quatro pessoas na madrugada de domingo (3), na Vila Mariana (zona sul de São Paulo), responde por tentativa de homicídio e já foi condenado a quase dois anos e meio de prisão por formação de quadrilha.

Pelos dois processos, Carvalho –que é conhecido como Chuck– chegou a ficar preso entre oito e dez meses. Além dele, outros quatro jovens respondem pela tentativa de homicídio, que, segundo a Justiça, teria sido contra um homossexual.

Os defensores de Carvalho afirmam que ele foi solto porque a própria vítima teria dito que ele não participou diretamente da agressão. O caso foi denunciado à Justiça em setembro de 2009 e agora está em fase de audiências e interrogatórios.

No processo em que foi condenado por associação criminosa, Carvalho foi acusado também de envolvimento na explosão de uma bomba caseira lançada no centro de São Paulo durante a Parada Gay de 2009.

O juiz, no entanto, entendeu que havia provas apenas de que ele e o réu Rodrigo Alcântara de Leonardo, conhecido como Tumba, participavam do grupo neonazista Impacto Hooligan –e que não havia como provar que a explosão tivesse sido causada por integrantes do grupo.

Ontem, Carvalho foi preso novamente, com outros quatro jovens, acusado de agredir quatro pessoas. A polícia acredita que o crime tenha motivação racial.

As quatro vítimas, agredidas com socos e chutes, relataram ter sido ofendidas com expressões como “seus negros”, “nordestinos filhos da puta” e “seus zumbis”.

Os acusados gritavam ainda “somos skinheads e vamos matar vocês”, conforme o boletim de ocorrência registrado no 5º DP (Aclimação).

Dois agentes da 1ª Delegacia Seccional (centro) faziam ronda na região quando flagraram a ação, na altura do número 1.420 da rua Vergueiro, por volta da 1h.

Com o grupo, foram apreendidos três machados, quatro facas, dois facões, um punhal, uma caneta com ponta dupla e um soco inglês.

Também havia uma camiseta com os dizeres “white pride” (orgulho branco, em inglês) -White Power (poder branco) é o nome de uma das gangues conhecidas em São Paulo, que usa o slogan “White power, white pride!”.

 

http://www.hnews.com.br/2011/07/suspeito-de-racismo-em-sp-responde-por-tentativa-de-homicidio/

 

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