Inpe confirma explosão do desmatamento em Mato Grosso

O Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) divulgou hoje (18) os dados do desmatamento dos meses de março e abril de 2011.  De acordo com o Inpe, foram detectados 593 km2 de desmate nesses dois meses. Desses, 261 km2 foram de corte raso – total supressão da floresta -, e o restante foi degradação florestal.

Os dados confirmam o boletim divulgado ontem (17) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que mostrou uma explosão no desmatamento em Mato Grosso.  Apenas no Estado, o Inpe detectou 480 km2 de desmatamento, 80% do total.

Em toda a Amazônia, foram 115,6 km2 detectados em março e 477,4 km2 em abril.  O instituto não recomenda a comparação dos números com os dados de outros meses, já que a cobertura de nuvens em cada mês é diferente.  Entretanto, os números de 2011 são expressivamente maiores do que os do ano passado: em 2010, o sistema detectou apenas 51,7 km2 de desmatamento em março e 51,8 em abril.

Os dados do Inpe são utilizados pelo governo para suporte à fiscalização e controle de desmatamento.  Os números consolidados, do sistema Prodes, devem ser divulgados em agosto.

Estados

O desmatamento nos outros Estados da Amazônia foi consideravelmente menor do que o de Mato Grosso.  Entretanto, ainda assim foram maiores que no mesmo período do ano passado.  Além disso, a cobertura de nuvens impediu o monitoramento em grande parte da região.

No Pará, por exemplo, foram detectados 67,2 km2 de desmatamento, e o sistema só conseguiu monitorar o sul do Estado.  Rondônia desmatou 41,3 km2 de florestas.  Nos outros Estados, somados, não foi detectado mais que 4 km2.

Os pesquisadores do Inpe Gilberto Câmara e Dalton Valeriano, junto com a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, convocaram uma coletiva de imprensa para hoje a tarde, para comentar os dados divulgados.

 

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=384367

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