Equador recebe US$ 3,6 bi da ONU para suspender exploração de petróleo na Amazônia

O governo do Equador se comprometeu com a Organização das Nações Unidas (ONU) a suspender o projeto de exploração de reservas de petróleo, que ficam dentro de uma área de proteção ambiental na Amazônia.  Em troca, o governo do presidente equatoriano, Rafael Correa, receber aproximadamente US$ 3,6 bilhões financiados por países ricos.  Pelos termos do acordo firmado ontem (3), as reservas ficam no Parque Nacional de Yasuní e devem permanecer intactas por pelo menos uma década.

A ONU estuda propor acordos parecidos a outros países, entre eles, Guatemala, Vietnã e Nigéria.  As informações são da agência BBC Brasil.  Os cerca de US$ 3,6 bilhões representam metade do que o Equador poderia ganhar com a venda do combustível.  De acordo com o governo equatoriano, os campos têm capacidade para produzir 846 milhões de barris de petróleo.


A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Rebeca Grynspan, afirmou que é a primeira vez que um país se compromete com um acordo desse tipo.  “A assinatura do acordo é uma medida audaciosa, vanguardista e histórica.  Esse é o primeiro país do mundo a fazê-lo, mantendo permanentemente a fonte de carbono embaixo da terra, com um mecanismo efetivo e verificável”, disse.

Segundo o governo do Equador, a iniciativa deve evitar que 407 milhões de toneladas de carbono sejam lançadas na atmosfera.  A Alemanha, Holanda, Noruega e Itália estão entre os países que mostraram interesse em contribuir com o fundo que pagará o Equador.  A reserva de Yasuní, onde ficam os campos de petróleo, está entre as regiões com maior biodiversidade do mundo.

Com uma área de 10 mil quilômetros quadrados, a reserva abriga diversas espécies, algumas das quais só estão presentes na região.  O local também abriga grupos indígenas.  O petróleo é o maior produto de exportação do Equador, mas grupos de defesa do meio ambiente afirmam que a exploração tem causado danos à região amazônica.

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=362672

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