Delegação cearense é destaque na Teia 2014, em Natal (RN)

Foto: Sheyla Castelo Branco
Foto: Sheyla Castelo Branco

Secretaria de Cultura do Ceará

A Teia da Diversidade chegou para colorir a cidade de Natal. Desde o dia 19 de maio, a capital potiguar recebe o Encontro Nacional dos Pontos de Cultura e das representações que compõem o Programa Cultura Viva, reunindo “ponteiros” e “ponteiras” de todo o Brasil para participar do IV Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, nos dois primeiros dias de evento, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Entre os participantes está a delegação cearense, destaque por ser uma das maiores do Brasil a comparecer à Teia. Além dos 28 delegados que chegaram mais cedo, para participar do Fórum, mais dois ônibus seguiram de Fortaleza na última quarta-feira, 21/5, levando representantes de Pontos de Cultura, observadores, convidados e a equipe da Estação Chico da Matilde – Cultura Viva Ceará.

Na manhã de segunda-feira, 19/5, o som dos tambores e o canto de várias mestras da cultura tradicional popularinvadiu a Tenda da Diversidade. Foram elas que se apresentaram na abertura do Fórum Nacional de Gestoras e Gestores do Programa Cultura Viva, juntamente com a abertura do Fórum Nacional de Pontos de Cultura e de Culturas Indígenas.

Enquanto os representantes de Pontos de Cultura liam e aprovavam o regimento interno do Fórum, na UFRN, gestoras e gestores de todo o Brasil se reuniam no IFRN, para debater os desafios para institucionalização do Programa Cultura Viva. Na ocasião, a Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Minc, Márcia Rollemberg, contextualizou a importância de o Cultura Viva estar sendo incluso no Plano Nacional de Cultura. Atualmente, o Programa está presente em 1.036 municípios brasileiros, através de 3.284 pontos conveniados. Segundo a secretária, a próxima meta é chegar a 4.080 pontos.

O idealizador do programa Cultura Viva, Célio Turino, foi um dos integrantes da mesa “Cultura Viva”, na UFRN, contextualizando o histórico do Programa desde a sua concepção. “Dos 3.000 Pontos de Cultura, visitei 600 pessoalmente, mas não inaugurei nenhum, pois Ponto de Cultura não se inaugura, se potencializa. O dever do estado é servir, é compartilhar”, ressaltou o historiador. Em sua fala, saudou respeitosamente o meste griô Marcio Pena, por seu trabalho desenvolvido há 18 anos em Guaraciaba do Norte-CE, com a Associação/Ponto de Cultura Arte na Praça (ACAP).

A terça-feira, 20/5, foi de continuidade da programação do IV Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, que se organizou com a divisão de Grupos de Trabalho temáticos, em que os “ponteiros” cearenses se dividiram para debater os mais diversos temas relacionados à cultura no Brasil. Entre eles, várias linguagens artísticas, as questões de gênero, escola viva, ação griô, comunicação, sustentabilidade, patrimônio material, patrimônio imaterial e muitos outros. De cada GT foram aprovadas propostas a serem votadas e aprovadas na plenária final do Fórum, que se estendeu durante a tarde e início da noite.

Intercâmbio

O IV Fórum Nacional dos Pontos de Cultura também foi um espaço legítimo para os Pontos de Cultura cearenses falarem sobre suas reivindicações e dificuldades, além de compartilhar com os demais as experiências desenvolvidas em cada território do Brasil. A UFRN conta ainda com um espaço da Teia destinado a fornecer orientações e assistência técnica aos Pontos de Cultura. A assessoria jurídica e a assessoria contábil da Rede Cearense dos Pontos de Cultura marcaram presença no espaço. Nos intervalos entre as inúmeras rodas de conversa, mesas e plenárias do Fórum, grupos do Rio Grande do Norte animaram a hora do almoço e jantar com apresentações de circo, música, dança e manifestações tradicionais.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Janete Melo.

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