‘Querem me matar’, diz coordenador do AfroReggae após novo ataque

brunoitanfroreggue02altaRedação SRZD

Depois de mais um ataque à sede do AfroReggae, no Complexo do Alemão, o coordenador da ONG, José Júnior, afirmou que os oito tiros dados com fuzil na fachada, na noite desta terça-feira, são uma “demonstração de fraqueza” do tráfico. As atividades na ONG foram retomadas nesta quarta-feira, com visita do governador Sergio Cabral (PMDB), do vice, Luiz Fernando Pezão, do secretário de Segurança José Mariano Beltrame e do coordenador das UPPs, coronel Paulo Henrique de Moraes.

“Nós não vamos sair daqui. Isso foi uma demonstração de fraqueza e não de força. Eles (os traficantes) queriam intimidar para não abrir hoje. Nós temos o apoio do governador e do prefeito Eduardo Paes”, disse José Junior.

Para o secretário de segurança, os ataques são contra o coordenador do AfroReggae, e não contra a Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) instalada na comunidade.

“Nós não podemos esquecer do que tínhamos aqui. A ação do tráfico aqui. A polícia daqui não sai, só aumenta. O movimento é mais contra ele, contra a sua história, mais do que contra a UPP”, disse Beltrame.

O coordenador José Junior afirma que não se sente seguro desde sua denúncia ao pastor Marcos Pereira, e disse que irá andar escoltado por seguranças.

“Eu não estou seguro desde fevereiro de 2012, quando denunciei o pastor Marcos Pereira. Já estamos numa guerra. Já está declarado que há uma guerra e querem me matar. Eu tenho receio dos inocentes”, disse.

A polícia informou que os tiros à fachada da ONG foram disparados da Favela Nova Brasília, distante dois quilômetros da sede do AfroReggae. As investigações sobre os ataques continuam.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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