Franklin Feder, presidente da Alcoa, é denunciado por crime de calúnia e difamação

franklinEm mais uma atitude de truculência, o presidente da Mineradora Alcoa na América Latina e Caribe, Franklin Lee Feder, fez ameaças e diversa acusações infundadas contra o presidente da Acorjuve (Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho), Gerdeonor Pereira dos Santos, por ter coordenado a manifestação do Movimento Acorda Juruti contra a empresa.

O fato ocorreu no dia 3 de junho, após a população da cidade de Juruti, localizada no Oeste do Pará, ter realizado uma audiência pública, no último dia 29 de maio, para exigir que a empresa cumpra as promessas de realizar obras na cidade quando instalou, em 2006, seu projeto para explorar bauxita na região.

A audiência publica mobilizou mais de 3 mil pessoas, além de autoridades municipais e do Estado do Pará, representantes do Ministério Público Federal e Estadual, associação de moradores, sindicatos, prefeito e vereadores do município.

A empresa tentou impedir que a audiência pública fosse realizada, reprimindo seus trabalhadores que moram na cidade para que não participassem das manifestações.

A Alcoa também não respeitou a autonomia e liberdade sindical, espalhando boatos contra o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Metais não Ferrosos do Oeste do Pará (STIEMNFOPA), que havia assinado o convite para participar da audiência pública, forçando seus trabalhadores a se manifestarem contra a própria entidade.

A diretoria do Sindicato realizou uma reunião com a categoria, intermediada pelo Dr. Jeiffeson Franco de Aquino, que conseguiu conter a revolta de alguns dos trabalhadores, estimulada pela transnacional.

Calúnia, injúria e difamação

Geordenor Pereira, foi convidado a comparecer no escritório da Alcoa para tratar de outros assuntos, quando o presidente da Alcoa, Franklin Lee Feder, tentou intimidar o líder do Movimento Acorda Juruti, acusando-o de estar extorquindo dinheiro da empresa para gastar com mulheres.

Geordenor registrou queixa de crime contra a honra, injuria e difamação praticada pelo presidente da Alcoa.

Calúnia, difamação e injúria, são crimes previstos no Capitulo V, Titulo I, Parte Especial do Código Penal, e esperamos que o Sr. Franklin Feder seja exemplarmente punido, pois embora seja presidente de uma grande corporação transnacional, ele não está acima da lei.

Enviada por Ruben Siqueira para Combate Racismo Ambiental.

Comments (1)

  1. POSICIONAMENTO ALCOA

    A Alcoa informa que não foi notificada sobre a suposta denúncia contra o presidente da companhia Franklin L. Feder, e, por este motivo, a empresa não pode comentar o teor da suposta ação judicial. No entanto, cabe esclarecer que:

    1) A empresa e seus executivos respeitam o direito de manifestação de qualquer entidade ou cidadão e, portanto, não tomou nenhuma ação para impedir a realização da reunião realizada no dia 29 de maio em Juruti. Ao contrário, a companhia fez convite para que as questões apontadas fossem discutidas em fórum especifico já constituido para avaliar estas questões, o Conselho Juruti Sustentável (Conjus);

    2) A referida reunião não mobilizou três mil pessoas, número superior ao o dobro da capacidade de público do Signus Clube, local onde foi realizada a reunião. Participaram poucas centenas de pessoas;

    3) Diferentemente do que afirma a mensagem distribuída pela Acorjuve, a companhia prima pela liberdade de expressão e incentiva o protagonismo de funcionários. A Alcoa mantém relação de transparência com seus trabalhadores que, por sua vez, têm total capacidade para tomar suas decisões, sejam elas coincidentes ou não com a posição da empresa. Temos conhecimento de que, como fizeram em outras situações, de maneira independente os funcionários solicitaram a realização de uma assembleia para exigir que a entidade sindical representasse a vontade da maioria e, no mínimo, os funcionários fossem consultados antes da emissão de qualquer posicionamento do Sindicato em nome da categoria. Em votação realizada na ocasião entre os funcionários associados, mais de 95% dos presentes optaram pela não participação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Metais Não-Ferrosos do Oeste do Pará (STIEMNFOPA) na reunião pública;

    4) Desde o início das operações, em setembro de 2009, até o final do primeiro trimestre deste ano, a Alcoa já repassou mais de R$ 18 milhões a Acorjuve a título de participação nos resultados da lavra. A Alcoa, que é transparente na divulgação de suas informações, espera que seus parceiros, incluindo a Acorjuve, tenham atitudes semelhantes às suas e façam publicamente as suas prestações de contas, de forma similar às feitas pela companhia;

    5) O documento anexo (Fatos e Dados) resume as principais contribuições da empresa desde a sua chegada no município. Face ao volume de recursos financeiros e de iniciativas socioambientais que foram destinados a Juruti, por meio de órgãos públicos e associações de natureza privada, mas de interesse coletivo, a Alcoa entende que a questão que se coloca à sociedade é a discussão da sustentabilidade do município, englobando desafios de gestão e políticas públicas, bem como a destinação dos recursos oriundos da instalação e operações da empresa.

    A Alcoa reitera que a unidade de Juruti foi implantada e opera cumprindo com todos os compromissos legais e voluntários assumidos desde as audiências públicas na etapa de licenciamento do empreendimento, movida pelo respeito à população e pela crença na coexistência harmoniosa entre a mineração, o meio ambiente e a comunidade.

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