A história das grandes barragens e usinas hidrelétricas na Amazônia é antiga. Curuá-Una, Samuel, Balbina, Tucuruí, entre outros, tiveram como resultado a expulsão de milhares de pessoas de suas casas, a destruição de grandes áreas de floresta, a morte de um número incalculável de pequenos animais e a geração de energia barata apenas para indústrias de fora da região e empresas de mineração, como VALE e ALCOA.
Para a Amazônia e o Pará tem ficado apenas uma quantidade reduzida de energia elétrica destinada a atender as residências; energia em geral de péssima qualidade e com as mais elevadas tarifas do Brasil.
A UHE Belo Monte está apenas no início de suas obras, aproximadamente 20% da parte infra-estrutural, porém o que não falta são problemas em Altamira e região do Xingu.
O número de homicídios aumentou em 500%; um prato feito, o famoso PF, está custando R$17,00; o aluguel de uma casa com 02 quartos não sai por menos de R$1.500,00; a população da cidade já aumentou em aproximadamente 70%; com isso os serviços de saúde e educação estão mais precários ainda.
Em fevereiro/2013 uma jovem de 16 anos conseguiu fugir de uma boite localizada próximo aos canteiros de obras. Quando a polícia chegou ao local encontrou 14 mulheres, incluindo varias menores, que estavam sendo exploradas sexualmente, sem poder sair do lugar.
No final do ano passado dezenas de trabalhadores do CCBM/NESA foram demitidos, e cinco foram presos, acusados de dano ao patrimônio e formação de quadrilha. O motivo foi as reivindicações por melhores condições de trabalho. No mês de março/13 novas manifestações ocorreram, agora motivadas pelo corte nas chamadas “horas itinerantes”, levando a uma considerável redução nos salários recebidos. Resultado: novas demissões e mais 02 trabalhadores presos.
Para o governo e CCBM/NESA trabalhador que luta por seus direitos em Belo Monte, é criminoso.
No mês de fevereiro/2013 foi descoberto um espião em uma reunião do Movimento Xingu Vivo. Pego em flagrante o mesmo confessou que foi contratado por 5 mil reais para espionar os trabalhadores e movimentos sociais. O espião disse que foi responsável por mais de 80 demissões e 05 prisões.
A espionagem estava sendo bancada pelo Governo Federal, através da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e pelo CCBM/NESA.
Neste momento indígenas de diversas etnias estão ocupando um dos canteiros de obras. Pedem que seja garantido o que está na Constituição brasileira, ou seja, que eles sejam ouvidos antes que projetos que causam danos às terras onde eles vivem sejam iniciados.
A resposta do governo foi mandar a Força Nacional, ROTAM e Policia Federal para a região. Os índios dizem que vão resistir. O Governo e a NESA são os únicos responsáveis pela tragédia que poderá ocorrer.
EM DEFESA DOS POVOS INDÍGENAS,
CONTRA O PROJETO DE MORTE DO GOVERNO E NORTE ENERGIA!
ONDE: em frente ao CCBM/NESA – Av. Almirante Barroso, esquina com Travessa das Mercês (Belém/Brasil).
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