Com pressão de movimentos, Incra retoma assistência técnica em Alagoas

Por Rafael Soriano, da Página do MST

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) retomou nesta segunda-feira (1/04), em convênio com entidades prestadoras de serviço para trabalhadores rurais, o processo de assistência técnica e extensão rural (Ater).

O programa deve atender 112 assentamentos de reforma agrária e 5,5 mil famílias assentadas em todo o estado. A primeira atividade será um seminário, realizado pelo Centro de Capacitação Zumbi dos Palmares, uma das entidades contratadas para execução da Ater.

A assistência técnica executada pelo Incra é regida pela Política Nacional de Ater (PNATER) e está inserida no Programa Nacional de Ater (pronater).

Essas políticas públicas serão discutidas no seminário, a se realizar a partir das 9h, localizado no Centro Zumbi, assentamento Milton Santos, Povoado Ouricuri, Atalaia.

“Antes de dar início às visitas aos lotes e técnicas de acompanhamento, é fundamental nos apropriarmos dos fundamentos da Ater, horizontalidade, diálogo e outros conceitos que sustentam essas práticas”, analisa Franqueline Terto, assistente social do Centro Zumbi.

Após mais de um ano sem convênios de assistência técnica, em decorrência de um vácuo entre o convênio que se encerrou em 2011 e o atual e da demora na seleção de novas entidades para a modalidade Ater, finalmente as famílias assentadas de Alagoas receberão acompanhamento para o desenvolvimento sócio-econômico e produtivo de seus territórios.

“A espera foi cansativa e deixou muitas famílias sem as necessárias condições de produção”, avalia Franqueline.

De acordo com ela, “a continuidade de uma eficiente assistência técnica se faz necessária uma vez que assentamentos, embora tendo acessado determinadas políticas públicas (fomento, crédito habitação, investimento, custeio, assistência técnica) ainda demonstram um grau de desenvolvimento social e produtivo que podem ser mais potencializados.

“Faz-se necessário a implementação de um programa de fomento técnico-produtivo e comercial com a intencionalidade de engendrar um processo de desenvolvimento de assentamentos rurais, inserindo estes espaços rurais na dinâmica local e regional”, avalia.

As equipes de Ater trabalharão em todas as regiões do estado, compostas por técnicos em meio ambiente e em agropecuária, engenheiros ambientais e agrônomos, assistentes sociais e agentes administrativos. Além do Centro Zumbi, foram ainda contratadas no mês de março as entidades Naturagro, CPT e Coates para execução da Ater em Alagoas.

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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