Protestos contra Marco Feliciano chegam a Berlim

Clarissa Neher

Um grupo de manifestantes reuniu-se no sábado 23 em frente ao Portão de Brandemburgo, em Berlim, para pedir a renúncia do deputado Marco Feliciano (PSC/SP) do cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Cerca de 80 pessoas de diversas nacionalidades participaram da iniciativa, de acordo com os organizadores.

A manifestação foi promovida e divulgada por brasileiros pelo Facebook. Os organizadores consideraram a iniciativa um sucesso. “Apesar do frio, muitas pessoas vieram protestar”, disse o cientista social Pedro Costa, que participou da organização do evento.

O protesto tinha como objetivo divulgar à comunidade internacional o repúdio à eleição de Feliciano. Costa acredita que manifestações realizadas em cidades de outros países pressionem mais o governo brasileiro. “Nós sabemos que protestos internacionais têm mais peso e são mais vergonhosos do que os protestos que acontecem no Brasil”, explicou.

No início deste mês, o deputado e pastor evangélico Marco Feliciano foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos. Sua eleição causou indignação entre defensores dos direitos das minorias. Feliciano é acusado de racismo e homofobia por declarações públicas em relação a negros e homossexuais.

Desde então, protestos contra a eleição estão sendo realizados em várias cidades do Brasil. A pressão pela renúncia de Feliciano aumentou na semana passada, após uma conturbada sessão da comissão na qual o deputado perdeu também o apoio de integrantes do seu partido, o Partido Social Cristão.

Revisão: Mariana Santos  

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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Comments (3)

  1. Esse homofóbico Marco Feliciano não tem nada haver com religião, é ele ,e a ignorância dele.O povo brasileiro tem alma.A indignação é que ele tocou na alma de um povo. Brancos negros, indígenas e religiosos de todas as religiões católicos evangélicos, umbandista …sempre viveram pacificamente neste país o povo brasileira jamais permitirá que mexam no maior de todos os valores o respeito e o amar ao próximo

  2. Amados creio que este é um site democrático, por isso tenho colocado minhas “ideias” aqui, pois penso que a discussão de ideias é que fortalecem o debate acadêmico. Não estou aqui defendendo religião alguma, pois penso que todas têm as suas falhas, só acho que no caso do pastor Marcos Feliciano há um exagero. Não queremos permitir uma pessoa cristã no cargo, mas permitimos ladrões, pedófilos e assassinos. Repito, muitas coisas em nossa sociedade acontecem e nós permitimos e não fazemos nenhum ativismo por isso: a volta de Renan Calheiros, mensalão, pedofilias e muitos outros. Peço para refletirmos se o Brasil é laico de fato. O que me parece é que é laico por direito, não de fato, pois “nascemos” com base na doutrina católica, não se esqueçam. Muitas repartições públicas ainda têm crucifixos, fomos “criados” e somos “rotulados” ainda como a maior nação católica do mundo. Aonde está o estado laico?
    Sabemos que no estado do Rio de Janeiro hoje há aulas de religião por que a alguns anos atrás o arcebispo da cidade pediu a governadora, e ela mesmo se dizendo evangélica atendeu. No início as vagas eram por credo e a igreja católica levava a maior parte das vagas. É verdadeiramente um sonho sermos laico, mas por enquanto somos apenas laico de direito, nunca fomos de fato. Não podemos usar este discurso agora com M.F. por que simplesmente nunca fomos.

  3. Engraçado. Não conheço o pastor Marcos Feliciano e nem estou ganhando nada para defende-lo, mas quando houve o escândalo do mensalão a comunidade internacional se organizou dessa forma contra a corrupção. A empresa alemã TKCSA faz barbaridades contra comunidades e pescadores artesanais na Baía de Sepetiba e nunca ouvi falar de uma organização dessa forma na Alemanha. Um pai alemão tirou os filhos de uma mãe brasileira (reportagem do SBT) com consentimento da justiça alemã. Com muita luta a mãe conseguiu o direito de ver os filhos, porém a justiça alemã proíbe que ela se emocione. Pergunto, por que os que estão preocupados com os direitos humanos não fazem algum tipo de ativismo com estas pautas que são de ordem desumanas, aproveitando que já estão lá na Alemanha. Pergunto: a justiça condenou Marcos Feliciano alguma vez por racismo ou homofobia. Gente, vamos analisar o que de fato o homem disse, com que contexto ele disse, pois vivemos uma época que tudo racismo ou homofobia. A lei é igual para todos. Está aí para todos. Defendo os direitos dos homossexuais como os de qualquer cidadão, mas vamos combinar, esse fuzuê todo será que é por que o cara é pastor. Um dia destes num desfile um estilista colocou palha de aço no cabelo das modelos para lembrar os tempos de dificuldades de captar a imagem e chamaram o cara de racista. Temos que ter cuidado ao acusar, para não cairmos no erro de queimar a reputação e imagem de uma pessoa. Estamos criando no Brasil a indústria da homofobia e do racismo.

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