Equador: por homofobia, Justiça pode cassar direitos políticos de ex-presidenciável

Grupos LGBT afirmam que Zavala violentou direitos contemplados na Constituição e solicita suspensão de direitos políticos de pastor | Foto: Nelson Zavala / Divulgação

Da Redação Sul21

Representantes de movimentos LGBT do Equador e do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) protocolaram nesta segunda-feira (4), no Tribunal Contencioso Eleitoral, um pedido de suspensão dos direitos políticos do ex-candidato à Presidência do país, o pastor evangélico Nelson Zavala. O pedido de sanções também se dirige ao seu partido, o Partido Roldosista Equatoriano.

A medida foi protocolada devido a expressões homofóbicas e discriminatórias supostamente utilizadas pelo candidato durante a campanha eleitoral. A defesa dos grupos LGBT afirma que Zavala violentou direitos contemplados na Constituição e solicita a pena máxima na Corte eleitoral: a suspensão dos direitos políticos do pastor e a aplicação de uma multa de 10 salários básicos.

O Conselho Nacional Eleitoral, que também é parte na ação, afirma que o candidato desacatou uma resolução emitida em janeiro, que o proibia de proferir comentários que incitassem o ódio contra a população LGBT no país.

A defesa de Nelson Zavala argumentou que o pastor “em nenhum momento teve a intenção de prejudicar os direitos das pessoas com uma orientação sexual diferente e que somente deu a conhecer os princípios bíblicos a respeito do comportamento das pessoas”.

Os representantes do movimento LGBT apresentaram seis testemunhas para fundamentar a acusação. A defesa do ex-candidato listou quatro testemunhas que garantem ter mudado de orientação sexual com a “palavra de Deus”. O Tribunal Contencioso Eleitoral emitirá uma sentença na próxima segunda-feira.

Com informações do El Universo

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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