As marcas do nazismo no Brasil

Muitas pessoas preferem esquecer o passado, ainda mais quando ele é doloroso. Quando se trata de um fenômeno cruel como o nazismo, alguns preferem abafar a História por vergonha do mal que fizeram. Muito se fala do que foi o nazismo na Europa e das suas dolorosas consequências, mas quando se trata de discutir a influência dessa ideologia no Brasil, o assunto morre. Para resgatar a memória de quem sofreu com a expansão da ideologia nazista em terras brasileiras, a Revista de História da Biblioteca Nacional revirou documentos e descobriu a história retratada em “Entre a suástica e a palmatória“.

O vídeo é fruto de uma reportagem especial feita depois de viagens a Campina do Monte Alegre, no interior de São Paulo, e Foz do Iguaçu, no Paraná. A investigação descobriu a existência de duas fazendas no interior de São Paulo que não escondiam a sua simpatia pela ideologia nazista ao longo dos anos 30 e 40. As fazendas pertenciam aos Rocha Miranda, família de prestígio na cidade. Materiais de arquivo mostram que os Rocha Miranda implantaram no seu dia-a-dia a suástica, símbolo máximo do movimento nazista. Tijolos, gado e documentos eram marcados com o desenho. Na fazenda ao lado, a influência nazista foi além: os Rocha Miranda selecionaram 50 meninos órfãos, na sua maioria negros, e colocaram as crianças para trabalhar em regime de escravidão.

A reportagem entrou em contato com pessoas que viveram na época, incluindo dois sobreviventes do grupo de jovens que trabalhavam na fazenda dos Rocha Miranda: Aloísio Silva, que suportou a exploração até ser libertado em 1945, e Argemiro Santos, que fugiu da fazenda aos 14 anos.

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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