BA – Bárbara Maré, liderança da Comunidade Quilombola Alto do Tororó, em Salvador, foi covardemente agredidas por policiais militares

João Paulo Diogo, via Instituto Búzios

“Nesta manhã fui informado que nossa parceira de luta, militante quilombola e de juventude negra, Bárbara Maré, foi covardemente agredidas por policiais militares, quando os mesmo em um ato ilegal invadiram a comunidade, com o argumento de que haviam recebido uma denúncia de que estavam na comunidade homens armados. A comunidade em questão é quilombo do Alto do Tororó, Comunidade Tradicional Quilombola, auto-reconhecida desde 2010, na qual a companheira Bárbara é uma das lideranças.

Segundo informações dos quilombolas, os policiais entraram na comunidade de forma muito truculenta, agredindo várias pessoas, levando lideranças da comunidade juntamente com Bárbara a questionarem que eles estavam sendo muito violentos, que a comunidade é formados por trabalhadores e trabalharas, pescadores e marisqueira quilombolas, e que as pessoas precisam ser respeitada.

Contudo mesmo com este argumentos os policiais militares continuaram sua incursão violenta, sendo que a companheira, acredito que os mesmo não entendo que aquela era uma comunidade quilombola, se apresentou enquanto técnica da Fundação Palmares, órgão do governo federal que trata dos questões quilombolas, e enfatizou para os policiais que era para ir com calma, pois se tratava de uma comunidade tradicional. Foi quando segundo informações relatadas uma PM a pegou pelos cabelos, puxando-a ao chão e depois arrastando até o carro da polícia, na qual recebeu alguns tapas na face e um soco efetuados pela policial, que partiu seu nariz e sua boca.

Precisamos apoiar nossa companheira quilombola Bárbara e não permitir que este fato fique por isso mesmo.

Nenhum posso atrás na defesa dos nossos!

OBS: O Quilombo do Alto do Tororó, esta localizando em Salvador, no Bairro de Base Naval e é a terceira comunidade quilombola urbana auto-reconhecida do Brasil”.

Comments (2)

  1. Resquícios da ditadura, no mínimo, aliado à certeza dos genes do período da escravidão, podem ser observados nas atitudes “animalescas”, perdão aos animais ditos irracionais, dos truculentos e desprovidos de cultura, a saber: policiais militares que agrediram e torturaram a líder quilombola Bárbara.

    Somos negros, quilombolas, indígenas, brancos, amarelos, nordestinos, brasileiros, americanos, enfim, cidadãos do mundo do Deus único. Portanto, irmãos do mesmo pai. O que não podemos permitir são as classificações de transparentes para o Estado. Avante, povo quilombola, pois, assim como a resistência do Zumbi nos orgulhou e continuará orgulhando, nos orgulhemos de nossos atos de decodificação do sistema opressor; lutemos com as armas mais eficazes: educação e cultura. Outrossim, poucos, mas valiosos, são os Palmares!

  2. É fundamental tomarmos uma atitude de repúdio contra a agressão de policiais a líder da comunidade quilombola Alto Tororó, pois esse ato covarde, demonstra o racismo e a violência a que os negros quilombolas ou não estão sujeitos.
    Mais uma vez devemos intensificar a luta pelo reconhecimento do direito e da dignidade dos povos tradicionais.

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