Intolerância Religiosa quer fechar Terreiro em Brasília

Por: Oluandeji

A liberdade religiosa ainda é uma luta árdua para as pessoas de religião de matriz africana! O Centro do Pai Edvan na quadra 103 do Recanto das Emas sofre com a intolerância religiosa dos vizinhos que perseguem os seguidores para que o terreiro feche! “A gente não vai sossegar enquanto tiver um ‘macumbeiro’! É melhor um vizinho bandido do que um ‘macumbeiro’”. A fala é reproduzida pelo pai Edvan e o preconceito confirmado pelos frequentadores do Centro Espírita! A comunidade declara que todas as semanas existem células de outras igrejas nas outras casas, portanto não poderia existir já que, tanto os umbandistas quanto os evangélicos, não poderiam exercer atividade religiosa em área residencial! Então por que a proibição apenas do som do atabaque? É preciso lutar pelo fim do preconceito e lutar pelo direito de expressarmos a nossa religião!

Texto: Militantes de Brasília

Não é a primeira vez em Brasília e nem em outra cidade que essa violência aos nossos direitos acontece, mas devemos fazer este azeite de Dendê fritar essa ignorância, assim ajudando nossos irmãos que estão em Brasília.

Temos que divulgar essa notícia a exaustão para que saibam que não iremos nos calar enquanto tentam destruir os terreiros, sejam eles de Umbanda, Candomblé ou qualquer outra religião.

Parabéns a Deputada Érika Kokay (PT), que sempre está disponível para nossas lutas, mas precisamos fazer um tsunami nas redes sociais.

O Estado é laico e nunca mais irão calar nossos terreiros, porque o povo do axé vai estar atento e irá lutar para que este crime constitucional seja repelido e condenado.

Intolerância Religiosa quer fechar Terreiro em Brasília

Comments (1)

  1. Vamos aos fatos atuais.
    Na segunda tivermos uma reunião com Pai Edivam, na mesma foram relatados fatos estarrecedores que me deixaram completamente revoltado:
    1) As crianças que residem na casa de Pai Edivam são proibidos de brincar na rua pelos vizinhos, sendo chamados de filhos do demônio;
    2) As outras crianças da rua que antes brincavam com eles, foram proibidos pelos pais de continuarem dialogando com eles, assim as crianças da casa são obrigados a ir para outras quadras para poderem brincar;
    3) Os frequentadores da casa são proibidos de parar o carro na rua com ameaças de que terão os vidros quebrados ou os carros arranhados;
    4) Quando os frequentadores sentam na calçada que fique na frente de outra casa, são prontamente interpelados e obrigados a sair do local, ao saírem os vizinhos jogam água com sal grosso e lavam o local por estar impregnado de magia negra;
    5) Uma das filhas esta com o braço quebrado, ao passar pela rua foi interpelada por uma morada que disse que tinha rezado para que quebrassem o braço do demônio e que agora iria rezar para que quebrassem as pernas;
    6) Quando realizava suas atividades às terças e quintas das 13 às 19 horas, os vizinhos ligavam vários aparelhos de som, inclusive automotivo, todos virados para a casa de Pai Edivam com o objetivo de atrapalhar as atividades;
    7) Após uma série de denúncias Pai Edivam se viu obrigado a fazer um acordo judicial, aonde o mesmo ficou impedido de tocar às quintas, passando a exercer suas atividades apenas às terças;
    8) Mesmo com o acordo judicial, os vizinhos se uniram e fizeram uma enxurrada de denúncias, o que culminou com a intervenção da agência de fiscalização no local que proibiu o desempenho das atividades religiosas na casa.
    9) Se alguém for até a casa dele vestido de branco ele será preso!!!!!!!!! (pasmem)
    O conteúdo do relatório do fiscal é simplesmente terrível, fantasioso, mentiroso e ilegal, repleto de arbitrariedades, uma vez que o amparo legal por ele utilizado não existe mais, a Lei foi revogada graças a uma ADI promovida pelo Ministério Público.
    O fiscal colocou que a casa tem cheiro de animais mortos, mas ai apenas uma observação, a casa é de Umbanda, nem sacrifício de animais são feitos no local.
    Nos reunimos hoje na agência de fiscalização aonde dialogamos sobre o tema e alguns pontos propostos pela minha pessoa foram bem recebidos pelo Diretor do órgão, sendo:
    1) A inserção de uma entidade representativa nossa no colegiado arbitral do órgão;
    2) Realização de uma oficina objetivando um dialogo com os agentes fiscalizadores, para conscientização e esclarecimento de nossas especifidades perante a sociedade;
    3) Avaliação de um documento que elaborei em conjunto com o nosso irmão Talaguibonan a respeito da defesa das casas,
    Vamos fazer um evento na casa de Pai Edivan neste sábado dia 22/12 com a presença maciça de nosso povo e queremos ver quem vai nos impedir. Por isso convido, convoco, peço por Olorum, venham todos para a atividade, nossos antepassados em Brasília pedem socorro.

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