Agência Senado
Em debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), José Batista de Oliveira, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), defendeu que o novo Código Florestal inclua medidas de proteção aos agricultores familiares – aí incluídos assentados de reforma agrária, indígenas, quilombolas e ribeirinhos, entre outros.
Para o representante do MST, a preservação de florestas não pode ser vista como conflitante com a produção de alimentos.
– A preservação ambiental joga a favor dos camponeses, assentados, indígenas, quilombolas e ribeirinhos, e também da sociedade brasileira, que quer a produção de alimentos mais saudáveis – afirmou.
Na opinião de Oliveira, para que o país consiga ampliar a produção de alimentos, precisa mudar o modelo agrícola brasileiro, que avançou sobre os recursos naturais.
– E não desmatando, envenenando [com uso de agrotóxicos] ou usando práticas arcaicas como o trabalho escravo – ressaltou.
Ele pediu aos senadores que façam a reforma do Código Florestal “sem pressa”, para que o “interesse econômico não passe o trator sobre os interesses da sociedade”.
No debate, o senador Blairo Maggi (PR-MT) reafirmou sua posição de defesa dos pequenos produtores e da manutenção das atividades desenvolvidas nessas propriedades, mesmo que em áreas de preservação.
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