MS: Lideranças indígenas da Capital reivindicam aldeias urbanas

Campo Grande conta hoje com 12 mil índios desaldeados, de acordo com o líder indígena Arildo Soares, que, juntamente com outras lideranças indígenas, participaram de uma reunião no Plenarinho Nelito Câmara, na tarde desta terça-feira (16/8). Eles se reuniram com o deputado estadual George Takimoto (PSL) e solicitaram apoio da Assembleia Legislativa para mobilizar a prefeitura a reconhecer mais aldeias urbanas na Capital.

Atualmente são reconhecidas pelo Poder Executivo Municipal as aldeias urbanas Marçal de Souza, Água Bonita, Darcy Ribeiro e Tarsila do Amaral. “Só que o número é pouco em relação aos índios que se encontram desaldeados”, reiterou Arildo.

Takimoto disse que a Assembleia Legislativa está de portas abertas para ouvir as reivindicações dos índios quanto aos seus direitos e obrigações. “Os indígenas têm vontade de trabalhar e progredir. Eles precisam fazer seu trabalho, mas também devem contar com colaboração”, frisou o parlamentar, explicando que a Casa de Leis pensará numa solução para ajustar o pedido à realidade governamental.

“Sabemos que os índios precisam de políticas de vida e saúde. O papel de cada parlamentar tem que ser o de dignificar o índio, procurando inseri-lo na sociedade”, justificou Takimoto, após ouvir de Arildo que, “muitas vezes, os índios têm que ser surdos e mudos diante da sociedade”.

A Associação União Indígena Novo Horizonte, localizada no Jardim Futurista, sob a coordenação de Rose Ibarra, tem feito um trabalho visando socializar a comunidade com diversas culturas, principalmente a indígena. Ela conta que cem crianças das etnias Kaiowá e Kadiwéu estão aprendendo a falar guarani graças aos esforços dos voluntários.

“Nossa associação também agrega grupos de culinária, de atendimento ao cidadão e um especialmente focado em atender questões ligadas a mulheres. É um começo”, informa.

João Batista Muchacho destaca que esta foi a primeira vez que entrou na Assembleia Legislativa. “Espero que a porta desta Casa continue aberta para os índios”.

Ao fim da reunião, George Takimoto comunicou às lideranças indígenas que passará as reivindicações à Mesa Diretora e aos outros parlamentares.

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