A face gaúcha da miséria: cidade de Redentora reflete extrema pobreza da população indígena

No Rio Grande do Sul, ser índio significa quase o mesmo que ser pobre. A reportagem é do jornal Zero Hora, 05-07-2011.

Em 5 de julho, quando o Rio Grande do Sul atravessava a maior onda de frio da década, crianças caingangues de Redentora, no norte do Estado, chegaram à escola descalças e de camiseta. Fazia perto de 0°C, e elas não tinham com o que se agasalhar. As aulas foram suspensas, até a temperatura subir.

Redentora é a cidade gaúcha com maior número de índios. São 4 mil, o equivalente a 39,45% da população local. Redentora abriga também a maior proporção de pessoas em situação de extrema pobreza entre os 496 municípios do Estado.

Passam o mês com menos de R$ 70, critério para definir a miséria, 29,75% dos moradores. A dupla liderança não tem nada de coincidência. No Rio Grande do Sul, ser índio e ser muito pobre é quase a mesma coisa. Conforme dados do Censo 2010, a chance de um indígena estar na miséria é 10 vezes maior do que a de um não-indígena.

— Todos os guaranis se encaixam nesse perfil, com raras exceções. Entre os caingangues, é um pouco menos — afirma João Maurício Farias, assistente-técnico da regional litoral sul da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Quando Redentora cancelou as aulas porque as crianças estavam passando frio, a consequência foi que, em vez de congelar na escola, elas foram congelar nas aldeias.

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=45909

 

Comments (2)

  1. Olha Meridiana,
    Talvez devêssemos abrir os olhos para tentar ver a situação dos indígenas e as relações com a sociedade envolvente com maior profundidade no do RS,se não sabes mesmo os governos do RS nas décadas de 50 e 60 fizeram reforma agrária em terras indígenas. Tiraram dos índios para dar aos colonos. Então desde a invasão dos portugueses, espanhóis, depois a colonização pelos italianos, alemães e outras etnias seguiram o saque histórico aos indígenas.
    de mais de 10 milhões que haviam antes das primeiras invasões com Cabral e outros, hoje só há em torno de 10%.
    E, já paraste pra pensar que eles podem ter outros valores diferentes dos teus…
    Abram-se as mentes para que consigamos enchergar um pouco mais…

  2. Não conheço Redentora, não sei como vivem os indios de la, agora sei bem como vivem os indios aqui de Nonoai, sei bem o que eles estao fazendo com nossas empresas, nossos funcionarios, invadindo e tomando o que Acham ser deles, uma vez vendindo, só é teu se comprares de volta. Pois bem, os indios daqui estao se passando do limite, querem tudo e mais um pouco, não cuidam do que tem invadem empres e terras de outros e querem ser civilizados, andam de carro, em suas casas televisores, radios, notbooks, querem ser indios ou brancos? Sou brasileira tanto quanto eles, ou não? Porque tem tantos direitos e os brancos não?. Passei outro dia pela reserva de Planalto la tem placas a beira da estrada dizendo “Cuidado Indiginas na pista” pra que mais descriminatorio que esse dizer? Eles mesmos se descriminam, casas com 3 carros na garagem, carros melhores que o meu inclusive. Outro dia tambem fui a Carazinho, parando para almoçar na entrada da cidade, havia 3 crianças indiginas pedindo esmola, não servia dar almoço tinha que ser dinheiro, realmente estava frio de doer, elas sem nenhum agasalho, disse a elas que fosse para casa se aquecer ficar ao redor do fogao elas zombaram de mim….Seu João Maurício Farias esta na hora de rever esse codigo indigina, ou eles mandados por outros vao tomar o Brasil.

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