JOÃO CARLOS MAGALHÃES, DE BRASÍLIA
O Ministério da Justiça deu a um grupo de 12 familiares de mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar (1964-1985) acesso irrestrito a todos os documentos do Arquivo Nacional, no qual estão guardados centenas de milhares de papéis relativos ao regime.
Para outras pessoas, o acesso é reservado aos eventuais arquivos sobre si mesmo ou parentes. Terceiros precisam ser autorizados para ler os papéis. A liberação ao grupo foi permitida por uma portaria assinada pelo ministro José Eduardo Cardozo, publicada na quinta-feira (21) no “Diário Oficial” da União.
Esse era um pedido antigo dos familiares. Agora, eles formarão uma espécie de grupo de estudo, que se debruçará sobre a massa de documentos.
Um dos objetivos é dar subsídios para o funcionamento da Comissão da Verdade, que investigará as violações aos direitos humanos no período de 1946 a 1988.
Para ser criada, a comissão ainda precisa ser aprovada no Congresso. A expectativa do governo é que isso ocorra logo após o final do recesso parlamentar, no mês que vem.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/948426-ministro-permite-a-familiares-acesso-a-arquivos-da-ditadura.shtml