SOS Racismo contra discriminação racial de comunidade cigana em Beja

Escolas em Beja recusam-se a receber setenta crianças de etnia cigana. Associação SOS Racismo condena desrespeito pelos mais elementares direitos humanos e pede responsabilidades à câmara e ao governo. Ver comunicado.

Muro que rodeia bairro onde vive comunidade cigana. Foto de Bruno Gonçalves, do Centro de Estudos Ciganos e do SOS Racismo.

Três agrupamentos escolares do concelho de Beja recusam-se a receber os 70 alunos de etnia cigana que foram obrigados, no último ano lectivo, a permanecer no Regimento de Infantaria n.º 3, e que são oriundos de um bairro isolado, cedido pela Câmara, à volta do qual foi construído um muro de cerca de dois metros.

A direcção do agrupamento de Santa Maria, o qual se encontra mais perto da área de residência da comunidade cigana, reivindica que pelo menos metade das crianças seja distribuída pelos agrupamentos de Mário Beirão e de Santiago Maior, sendo que as direcções destes estabelecimentos também se recusam a integrá-las.

SOS Racismo pede responsabilidades à câmara e ao governo

Em comunicado, o SOS Racismo condena este desrespeito pelos mais elementares direitos humanos e expressa “a sua profunda apreensão com relação aos acontecimentos recentes da ‘redistribuição’ de alunos da comunidade portuguesa cigana por três agrupamentos de escolas, em Beja, uma vez que esta viola os termos que prevêem a colocação dos alunos do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico nas suas áreas de residência”.

A associação pede ainda responsabilidades à câmara e ao governo.

http://www.esquerda.net/artigo/sos-racismo-contra-discrimina%C3%A7%C3%A3o-racial-de-comunidade-cigana-em-beja

 

 

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