Desmatamento no Cerrado e na amazônia cai, mas situação ainda é grave

Mesmo em ritmo de desaceleração, o desmatamento do Cerrado e da Amazônia continuam preocupantes. Foram divulgados ontem dois relatórios pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com o monitoramento de satélites sobre os dois biomas. Em ambos, houve uma redução do desmate nos últimos períodos analisados, justificados por uma redução nos investimentos da agropecuária e pelo aumento da fiscalização.

No entanto, as avaliações mais aprofundadas mostram que a situação ainda égrave. No Cerrado, durante quase toda a primeira década dos anos 2000, houve um aumento acentuado no desmate. Entre 2002 e 2009, as áreas desmatadas subiram de 43,6% para 48,2%. Na Amazônia, tem ocorrido um aumento acelerado nas áreas degradadas. Seis dos nove estados amazônicos passaram a desmatar mais que em períodos anteriores.

Da área total do Cerrado, cerca de dois milhões de quilômetros quadrados, foram desmatados 85 mil entre 2002 e 2008. Isso dá uma média de 14,2 mil km² desmatados por ano, taxa média de desmatamento anual de 0,69%. Entre 2008 e 2009 houve uma redução, pois foram desmatados 7,6 mil km².

Os dados revelam que no Cerrado, entre 2002 e2009, o desmate subiu, principalmente, no Maranhão, no Tocantins e na Bahia. Restavam de áreas remanescentes 51,1% até 2009, contra 55,7% em 2002.  No acumulado, já foram desmatados quase um milhão de km².

Na análise da série histórica, o MMA frisa que houve redução de 50% do desmatamento do Cerrado de agosto de 2010 a fevereiro de 2002 em relação ao mesmo período no ano passado (agosto de 2009 a fevereiro de 2010). O MMA ressalta que o desmate acompanha os investimentos da agropecuária e da indústria do carvão.Na Amazônia há uma mudança geográfica das áreas desmatadas e também um aumento da degradação da floresta. O fato mais grave é que, embora a devastação esteja em queda, a degradação da floresta cresce em ritmo acelerado. Relatório do Imazon, que também monitora a floresta com satélites, revelou que a degradaçãocresceu 304%, entre agosto de 2009 e fevereiro de 2010.

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