Vergonha! “Indústria diz que não houve contaminação por urânio em Caetité”

Destaque nosso: O relatório da Fiotec é conclusivo: ‘É possível afirmar que não foi observada alteração no perfil de mortalidade por câncer na população dos municípios de Caetité e Lagoa Real, nem maior probabilidade de se adquirir câncer nesses municípios em relação ao estado da Bahia, seja por conta da radioatividade natural do local, seja por conta das atividades de extração e beneficiamento do minério de urânio’”.

A notícia: Os resultados de estudos técnicos realizados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA – órgão vinculado à ONU), pela Fiocruz e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear atestam que não há contaminação de urânio em Caetité e que a população local não está exposta a níveis de radiação maior do que o permitido pela CNEN, como foi divulgado pelas Relatorias Nacionais em Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DHESCA).

A possibilidade de aumento de casos de câncer na região foi pesquisada pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde – Fiotec/Fiocruz, que fez um levantamento completo do número de ocorrência dessa doença entre os anos de 1995 (antes da entrada em operação das Indústrias Nucleares do Brasil – INB) e 2005, comparando os dados obtidos com as ocorrências no Estado da Bahia. De acordo com o estudo, o número de casos de câncer em Caetité em 1995 correspondeu a 6.50% da população, enquanto que no Estado da Bahia como um todo alcançou 7.40%. Em 2005, na região de Caetité o percentual foi de 6.60%, e na Bahia chegou a 9.45%.

O relatório da Fiotec é conclusivo: “É possível afirmar que não foi observada alteração no perfil de mortalidade por câncer na população dos municípios de Caetité e Lagoa Real, nem maior probabilidade de se adquirir câncer nesses municípios em relação ao estado da Bahia, seja por conta da radioatividade natural do local, seja por conta das atividades de extração e beneficiamento do minério de urânio”.

Em março deste ano a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), entidade responsável pela análise da presença de urânio no meio ambiente, fez uma avaliação completa, do ponto de vista da radioproteção, sobre o consumo de água subterrânea proveniente de poços abertos nas proximidades da mina da INB. Os estudos, que foram feitos levando em consideração todo o conjunto de dados, desde a fase pré-operacional da unidade resultaram na seguinte declaração da CNEN: “Os resultados dos cálculos realizados demonstraram que as doses de radiação encontram-se abaixo do limite de dose recomendado para exposição pública”. A média histórica das taxas de radiação das águas de Caetité é de 0,1 Bq/L, ou seja, um valor 5 vezes menor que o valor máximo permitido que é de 0,5 Bq/L (bequerel por litro).

A CNEN identificou ainda que a radioatividade encontrada nessas águas é menor do que a de estâncias turísticas como Araxá (MG), Águas de Lindóia (SP) e Guarapari (ES) e reafirmou que a ocorrência de urânio nas águas subterrâneas da região é natural, não podendo ser atribuída à operação da INB.

“Com a responsabilidade de uma empresa que atua na cadeia produtiva do urânio, as Indústrias Nucleares do Brasil – estatal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia – trabalham de acordo com todas as regras estabelecidas pelas entidades licenciadoras, que são o IBAMA e a CNEN, e seguindo os mais atualizados processos de produção e preservação ambiental adotados internacionalmente pelo setor. Nós estamos à disposição da imprensa para fornecer todas as informações que forem necessárias sobre as nossas atividades, sempre baseadas em fatos e pesquisas”, afirmou Tranjan Filho.

Com informações da Assessoria de Comunicação das Indústrias Nucleares do Brasil – INB

Publicada em 09/12/2010 – Por: ASCOM – INB

Reproduzida em:

http://www.iguanambi.com.br/007/g4/noticias/interna.php?id=5865
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=10&id_noticia=143381
http://www.jusbrasil.com.br/politica/6365762/industria-diz-que-nao-houve-contaminacao-por-uranio-em-caetite

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