15 anos sem Florestan Fernandes

Há 15 anos, no dia 10 de agosto de 1995, morria Florestan Fernandes, uma referência continental no desenvolvimento metodológico e científico da sociologia. Paulista, nascido em 1920, filho de migrantes portugueses, o sociólogo deixou mais de 50 obras, foi deputado federal constituinte, eleito pelo Partido dos Trabalhadores e professor rigoroso.

De origem humilde, fez de tudo na vida, trabalhando e ajudando a sobrevivência familiar, até romper as barreiras elitistas da USP e tornar-se seu aluno, professor e mais tarde um mestre de referência.

Sempre manteve a coerência ideológica de compromisso com a classe trabalhadora.

Punido pela ditadura militar, amargou o exílio.Voltou e continuou a luta em defesa da classe.

É sem dúvida o mais importante intelectual orgânico do século XX.  Bebeu na fonte dos clássicos e estudou com mais profundidade as classes sociais na sociedade brasileira.

Defendeu com coragem a necessidade de uma verdadeira revolução social, que pudesse construir uma sociedade justa e igualitária em nosso país.

O Povo brasileiro, a classe trabalhadora, os movimentos sociais e os intelectuais orgânicos, todos os que desejamos mudanças  na sociedade brasileira, ficamos de luto.

Mas, seu legado nos anima a continuar a luta.

Florestan defendeu como ninguém a importância da educação, da formação da consciência de classe, do acesso aos conhecimentos, como uma necessidade da classe trabalhadora para libertar-se da humilhação, discriminação, opressão e da exploração  imposta pelos ricos e poderosos.

O MST se orgulha de ser um dos seus seguidores e ter apreendido muito com suas teorias e exemplos.

Por isso nossa escola nacional de formação de quadros, localizada em São Paulo, chama-se  Escola Nacional Florestan Fernandes.  Florestan Fernandes, segue vivo, por sua obra e exemplo de vida.

“Contra a intolerância dos ricos, a  intrasigância dos pobres”!

São Paulo, 10 de agosto de 2010.

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