Advogado alega que prisão de índio em Mossoró é ilegal

Jornal Tribuna do Norte – O índio Rosivaldo Ferreira da Silva, de 35 anos, conhecido como cacique “Babau” e que está preso em Mossoró pela segunda vez desde o último 8 de junho, é um “hóspede” do Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró, segundo seu advogado, Luciano Falcão.

Segundo Falcão, o inquérito da Polícia Federal que apurava os crimes cometidos pelo índio na Bahia não chegou ao fim, e o término da prisão preventiva efetuada pela PF foi pedido até pelo Ministério Público Federal. Apesar da concessão do habeas corpus pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, um juiz estadual pediu novamente a prisão de Rosivaldo e ele desde então está no Presídio Federal de Mossoró.

Ainda hoje o advogado de Rosivaldo terá uma audiência com o juiz federal Ivan Lira de Carvalho, para tentar reverter a sua prisão, já que, desde a quinta-feira passada, sua manutenção no presídio é ilegal. “A preventiva do juiz federal foi cassada, então desde a quinta sua prisão é irregular”, declarou Falcão.

Memória

Rosivaldo, conhecido como o “Cacique Babau”, foi preso pela PF no dia 10 de março, no município de Buerarema, a 451 quilômetros de Salvador, na Bahia. Ele responde a, no mínimo, dez inquéritos, que incluem acusações de sequestro, furto, invasão de propriedade privada, incêndio criminoso, porte ilegal de armas, ameaça e formação de quadrilha. Cacique Babau estava preso na Superintendência da Polícia Federal na Bahia.

Ele é um dos líderes do grupo de três mil pessoas que se dizem pertencentes à tribo Tupinambá, que habitava a Bahia na época da chegada de Pedro Álvares Cabral. Ele é acusado pela polícia baiana de aterrorizar a região onde vive, usando a violência. A justificativa dos índios para as ações violentas seria a retomada das terras pertencentes à tribo, que são particulares. Sua prisão resultou em protestos de defensores dos índios, que descrevem a ação como racismo.

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