Comissão votaria amanhã regras para exploração mineral em área indígena, mas reunião foi cancelada

A comissão especial criada para analisar a proposta de regulamentação da exploração mineral em reservas indígenas cancelou, por determinação do presidente da comissão, deputado Edio Lopes (PMDB-RR), a votação que faria amanhã do substitutivo do relator, deputado Eduardo Valverde (PT-RO), ao Projeto de Lei 1610/96, do Senado. O texto determina, entre outros pontos, a realização de licitação para esse tipo de exploração. Hoje, a escolha da empresa exploradora é feita diretamente pelo Poder Executivo.  A data da próxima reunião não foi marcada.
O presidente da comissão especial, deputado Edio Lopes (PMDB-RR), avalia que as licitações são o principal ponto do relatório. Segundo ele, a medida vai permitir que as comunidades indígenas negociem com as empresas exploradoras maiores benefícios para a região.

Após a aprovação pela comissão especial, o texto voltará ao Senado, onde serão avaliadas as mudanças à proposta efetuadas pela Câmara.

Consulta às comunidades

O relatório determina também que a palavra final sobre a possibilidade de mineração em terras indígenas será da comunidade afetada. A autorização para a exploração, contudo, ficará a cargo do Congresso Nacional.

O deputado prevê polêmica quanto ao sistema de consulta às comunidades. “Precisamos ainda definir o caráter da consulta: se será deliberativo ou consultivo, ou seja, se o resultado da consulta aos índios irá vincular a decisão do Congresso sobre o tema ou não. Estamos discutindo para saber qual é a saída mais adequada” afirmou Valverde.

Outros pontos do relatório:

  • Realização simultânea dos laudos geológico, ambiental e sócio-cultural, que passará a se chamar laudo antropológico, e adoção de normas mais precisas para cada um dos documentos;
  • Redução do percentual mínimo de remuneração das comunidades indígenas de 4% para 3% do faturamento bruto das mineradoras;
  • Exclusão da restrição de uma só lavra por terra indígena;
  • Inclusão, nos editais de licitação, do valor mínimo para pagamento pelo uso de água em atividades de mineração em terras indígenas;
  • Contratação obrigatória, pela mineradora, de auditoria externa para auxiliar as comunidades indígenas na fiscalização da exploração mineral em suas terras;
  • Permissão para as mineradoras oferecerem projetos sociais às comunidades afetadas, como forma de compensação por eventuais prejuízos às atividades indígenas tradicionais.

http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/148189.html e

http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/148158.html

Comments (1)

  1. Seria importante que o governantes garantam para povos indígenas um estudo de boa qualdades em escolas indígenas,iluminação de nossa aldeia,estrada,saúde,alimentação,aumento de remumeração de 10% refiro meu povo Rankokamekra Kanela é de 2.400 pessoas estamos esquecido pelas demais autoridades competente, assim como vcs nos também somos brasileiros.Queremos serem ouvidos nas politicas publica a qualquer reformulação e inclusos nelas não excluir os direitos dos povos indígdenas no Brasil.
    Ari Karompey Canela
    CEEI-MA/Professor

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