Geraizeiros de Vale das Cancelas enfrentam operação de guerra montada pela Suzano Celulose e Fazenda Rio Rancho – A VALE por trás desta operação

Eles chegou e empurrou a gente para as grota.
A gente não vendeu. Há quase uns quarenta anos.
Eles invadiu.
Quem foi a firma?
Foi a Vale do Rio Doce.

(depoimento de um dos geraizeiros)

Quarenta anos após enfrentarem a truculência da Florestas Rio Doce[1] as comunidades  geraizeiras de Vale das Cancelas, Josenópolis e Padre Carvalho, agora mais fortes  porque acompanhadas por uma coalização de comunidades tradicionais, ocuparam a Fazenda Rio Rancho. A ocupação aconteceu na madrugada do dia 13 de dezembro e contou com a participação de 230 famílias de povos tradicionais do Norte de Minas. A fazenda escolhida foi emblemática. (mais…)

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Carta de Repúdio dos Tembé, Quilombolas e Ribeirinhos de Tomé-Açu, Acará-PA, contra a Biopalma

“Nós Tembé e quilombolas e ribeirinho de Tomé-Açu, Acará /PA, tentamos por diversas vezes entrar em acordo com o grande projeto criminoso que se chama BIO-PALMA que se instalo a quatro anos entorno da nossa área, desmatando as cabeceiras dos nossos rios e igarapés para o cultivo do DENDÊ, onde na ultima terça-feira 08/12/15 foi encontrado um igarapé secando com muitos peixes morrendo, tudo isso esta contribuindo para perda de tradição cultural e ambiental para atual e futura geração, as altoridades Federal Estadual Municipal, veja com mais cuidado e com mais atenção a vida humana que é mais importante, aonde estar os direitos humanos? aonde esta os direitos a vida a flora, falna e os recursos hidricus? respeito com as pessoas mais humildes. (mais…)

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Suzano Papel e Celulose quer ampliar área de plantios em Conceição da Barra

Manaira Medeiros, Século Diário

A Suzano Papel e Celulose iniciou processo de licenciamento ambiental no Instituto Estadual de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) para ampliar sua área de plantios em Conceição da Barra, norte do Estado. O município já tem 80% de sua área rural dominada pelo eucalipto, como calculam as comunidades impactadas. Além da Suzano, também gera impactos à região a Aracruz Celulose (Fibria). (mais…)

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MATOPIBA: “É um processo violento de grilagem para expansão das monoculturas”

Em entrevista, Paulo Rogério Gonçalves, da APA-TO, fala sobre o MATOPIBA e seus impactos.“Em defesa do eucalipto, da soja e da pecuária, dentre outros setores, o governo prejudicará ainda mais a luta centenária de quilombolas, indígenas, quebradeiras de coco e outros segmentos tradicionais da região”. 

Por Articulação Nacional de Agroecologia, na CPT

No dia 06 de maio de 2015 o decreto n° 8447 criou o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba, que abrangerá territórios dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Ao todo são 337 municípios e uma área total de 73.173.485 hectares, que, segundo o governo, serão usados para “promover e coordenar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico sustentável fundado nas atividades agrícolas e pecuárias que resultem na melhoria da qualidade de vida da população”. (mais…)

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Afluentes do Rio São Francisco secam pela primeira vez

Situação do Rio Jequitaí, que deixou de correr pela primeira vez na história, é o ponto alto da estiagem, agravada pela superexploração, que avança sobre tributários do São Francisco

Valquiria Lopes, Estado de Minas

Como feridas abertas no mapa de Minas, a seca avança por importantes bacias hidrográficas do estado. Assolados pela estiagem, afluentes da Bacia do São Francisco, no Norte do estado, estão vendo suas águas sumirem devido a longos períodos sem chuva, mas também por intensa exploração humana, representada por captações irregulares para irrigação, perfuração descontrolada de poços artesianos, que sugam o lençol freático, e avanço do desmatamento. Em um dos mais preocupantes episódios desse quadro desolador, foi o Rio Jequitaí que se rendeu. O manancial teve o curso interrompido pela primeira vez na história, no trecho próximo ao povoado de Buriti Grande, município de Francisco Dumont. Assim como ele, muitos rios já não conseguem correr pelas terras áridas do Norte de Minas. É o caso do Pacuí, que faz parte da mesma bacia do Jequitaí e está interrompido desde a nascente até o município de Pentáurea. (mais…)

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Para denunciar destruição ambiental, Pataxó ocupam fazenda e apreendem equipamentos da Suzano

Comunidade Indígena Pataxó, no Cimi

Com o objetivo de chamar atenção da sociedade e, principalmente, dos órgãos públicos estaduais e federais para a severa destruição ambiental em curso na região, cerca de 300 indígenas do povo Pataxó ocuparam na manhã desta segunda-feira (21) uma monocultura de eucalipto na fazenda Nedila, no município de Prado, na Bahia. Eles também apreenderam dez equipamentos agrícolas de propriedade da empresa de papel e celulose Suzano, segunda maior produtora mundial de celulose de eucalipto, de acordo com informações da própria empresa. (mais…)

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As mulheres que lutam para não sumir do mapa

Numa das regiões mais pobres do Brasil, um grupo de mulheres tenta provar sua existência no mapa do país. Elas são 350 mil quebradeiras de coco de babaçu, que brigam para não serem expulsas pela expansão do agronegócio.

Nadia Pontes, Deutsche Welle

Com um cesto de palha a tiracolo, machado em uma mão e toco de madeira na outra, Eunice Conceição, de 56 anos, caminha floresta adentro nos arredores de Imperatriz, no Maranhão. Pela mata é fácil identificar as palmeiras de babaçu, de 15 metros de altura. É delas que Eunice extrai o sustento da família. E é por elas que comprou agora uma briga com o governo. (mais…)

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Aracruz Celulose (Fibria) acusa de roubo e consegue prisão de quatro quilombolas

Ubervalter Coimbra, Século Diário

A Aracruz Celulose (Fibria) acusou de roubo e conseguiu a prisão de quatro quilombolas da comunidade de São Domingos, em Conceição da Barra. Ironia: a empresa, que roubou as terras dos quilombolas durante a ditadura militar, e as explora desde esta época com plantios de eucalipto, contou na ação repressiva contra os quilombolas com efetivos do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e a Corrupção (Nuroc), da Polícia Civil do Espírito Santo. (mais…)

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Uma leitura sobre a agricultura familiar: por dentro e por fora, artigo de Sucena Shkrada Resk

Sucena Shkrada Resk*/ICV – EcoDebate

Existem hoje dois contextos da agricultura familiar brasileira, que refletem situações diversas no cenário nacional e internacional, revelando os desafios principalmente internos do campo teórico ao prático nos recortes socioambiental e da segurança alimentar. O que se vê no dia a dia, são dificuldades estruturais em projetos de assentamentos, que envolvem titulação da propriedade, logística, universalização de acesso à assistência técnica, serviços básicos (água, esgoto, saúde e educação), implementação da regulamentação das Normas Sanitárias para a agroindustrialização, além da pressão do setor de agronegócios, com a monocultura e a pecuária extensivas e uso de agrotóxicos sobre o modo de vida tradicional e a aplicação da agroecologia com manutenção de sementes crioulas. Situação que tem sido destacada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). (mais…)

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Água e terra para viver são lutas dos Povos Tradicionais do Semiárido

Mariana Reis*, Asa

Vazanteiros/as, gerazeiros/as, quebradeiras de coco babaçu, quilombolas, indígenas, comunidades de fundo de pasto. Sobrevivendo entre os biomas do cerrado e da caatinga, esses povos tradicionais lutam pelo reconhecimento de seus direitos e pela defesa de seus territórios, enquanto reinventam um jeito de conviver com o Semiárido, em meio às adversidades, que são muitas. Além dos desafios próprios do clima – em muitos casos, com a escassez de acesso à água, devido à irregularidade de chuvas –, essas mulheres e homens precisam enfrentar dia após dia os grandes projetos de agronegócio e hidronegócio, que põem em disputa não só territórios, mas modos de vida. (mais…)

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