Ativistas relembram golpe militar de 1964 e pedem punição de torturadores

Da Agência Brasil

Um grupo de ativistas reuniu-se anteontem (1º) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, para protestar contra o golpe militar de 1964 e pedir a revisão da Lei da Anistia (Lei 6.683, de 1979) para que os acusados de tortura sejam punidos. O evento marcou a passagem dos 51 anos do golpe que deu início à ditadura militar (1964-1985) no Brasil.

O evento foi batizado de Samba de Resistência: Ditadura Nunca Mais, por Justiça, Verdade e Memória. Segundo os organizadores, o evento reuniu 300 pessoas, em torno de uma roda de samba para relembrar músicas de cantores e compositores que tiveram participação ativa na luta contra o período autoritário, como Chico Buarque.

Durante o protesto, os ativistas também pediram o cumprimento imediato das recomendações da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que investigou os crimes cometidos durante o período militar, a revogação de Lei de Segurança Nacional e a democratização dos meios de comunicação.

O organizador do evento, Gladstone Leonel Júnior, também repudiou os atos de pessoas que foram às ruas, nos recentes protestos pelo fim da corrupção, e pediram a volta do regime militar e a intervenção das Forças Armadas no país. Segundo Júnior, a mudança no sistema político deve ser com reforma política e uma assembleia constituinte exclusiva.

“Isso não é um ato de uma pessoa só. É um ato de uma sociedade que clama por mais democracia, de grupos que repudiam, de forma veemente, qualquer resquício do autoritarismo que se fez presente no dia 31 de março e 1º de abril de 1964 e perdurou durante muitos anos no nosso país”, disse ele.

Os ativistas são ligados ao Comitê Verdade, Memória e Justiça.

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