Pedro Peduzzi e Sabrina Craide
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Cerca de 500 manifestantes contrários à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), ocuparam na manhã de hoje (20) uma das salas da administração da Eletronorte em Belém. De acordo com o integrante da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Rogério Hohn, eles ocupam apenas uma sala e o ato tem caráter pacífico.
“A sede continua funcionando normalmente porque ocupamos apenas a sala de reuniões. Nosso objetivo é entregar aos dirigentes da empresa [Eletronorte] um documento de repúdio à construção da Usina de Belo Monte”, disse Hohn à Agência Brasil.
Segundo ele, o texto é o mesmo entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pede o cancelamento imediato da licença prévia e do leilão, que estava previsto para hoje.
Hohn informou que “mais de 15 entidades” participam da manifestação, e que o documento a ser entregue é assinado por 54 organizações nacionais e estrangeiras.
Ontem (19), o juiz Antonio Carlos Almeida Campelo, da Justiça Federal de Altamira (PA), concedeu novamente uma liminar suspendendo o leilão, o que atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF). A matéria aguarda a apreciação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que decidirá se mantém a liminar.
O juiz também suspendeu a licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ao empreendimento.
Ontem mesmo, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da liminar, pedindo a suspensão de segurança. Segundo a entidade, as argumentações e as linhas gerais apresentadas, tanto pelo MPF como pela AGU, são bastante similares às usadas no caso da primeira liminar concedida pela Justiça Federal de Altamira.
Edição: Juliana Andrade
As informações são da Agência Brasil.