Em intercâmbio no Alto Rio negro representantes de organizações Munduruku, Kayabi e Apiaká visitam a FOIRN

FOIRN

Com objetivo de conhecer as experiências de algumas organizações indígenas do Alto Rio Negro, representantes das etnias Munduruku, Kayabi e Apiaká da região do Baixo Rio Teles Pires/MT, estiveram em São Gabriel da Cachoeira, entre 21 a 24 de setembro.

No primeiro dia de intercâmbio visitaram os departamentos e setores da FOIRN,  conheceram a maloca (Casa dos Saberes) e tiveram uma palestra com diretor da FOIRN, Renato da Silva Matos.

Na palestra, foi apresentado o histórico do movimento indígena do Rio Negro, a fundação e fortalecimento da FOIRN, atuação em políticas públicas, demarcação das terras indígenas, a formação da rede de parcerias e o desenvolvimento de projetos que visam a melhoria da qualidade de vida dos 23 povos indígenas que vivem no Rio Negro.

Para finalizar, o diretor Renato disse que, atualmente o maior desafio ao movimento indígena do Rio Negro é a luta pelo respeito e cumprimento dos direitos indígenas que estão garantidos na Constituição Federal de 1988. “Hoje, muitas ameaças a esses direitos estão acontecendo através de  propostas de leis que querem tirar esses direitos”- disse.

O intercâmbio ainda possibilitou aos visitantes conhecerem a experiência de 25 anos da Organização Indígena da Bacia do Içana (OIBI), como as dificuldades, as conquistas, o reconhecimento e seus principais projetos como a Arte Baniwa e a Pimenta Baniwa. Apresentados pelo André Fernando, atual presidente da oragnização, o intercâmbio com a experiência Baniwa encerrou com a vista à casa da Pimenta Titsiadoa, na comunidade Yamando, próximo a São Gabriel da Cachoeira.

Ainda conheceram também conheceram os trabalhos da Coordenação Regional do Rio Negro/FUNAI e a forma de gestão que é participa a partir do Comitê Regional do Rio Negro onde há participação das organizações de base, que de acordo com o Coordenador Regional, Domingos Barreto, é uma forma de fazer as bases participarem da elaboração do plano da CRRN.

No encerramento, os participantes e como também os visitantes avaliaram a experiência muito positiva, e falaram da importância da realização de novos intercâmbios para apoiar no fortalecimento das associações.

“Que esses aprendizados ajudem vocês a fortalecer as suas organizações para continuar lutando pelos direitos e pela melhoria da qualidade de vida do povo de vocês”- afirmou Almerinda Ramos de Lima, Presidente da FOIRN.

A vinda ao Rio Negro foi mediada pelo consultor José Strabelli autor do livro “Associação é para fazer juntos” publicação pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil

Comments (1)

  1. Neste movimento indígena eu vejo sinais de futuro.de esperança.Porque na amioria das vezes vejo os indigenas sendo engolidos de diversas formas!A força aqui é dos pequenos que se unem.Talvez seja o Bem Viver acontecendo entre estes povos!

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