Encontro dos Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná na luta por direitos étnicos e coletivos

Por Coletivo ENCONTTRA

Entre os dias 22 e 23 de maio de 2015, 80 membros de comunidades tradicionais, faxinalenses, pescadores e pescadoras artesanais, cipozeiros e cipozeiras, ilhéus do Rio Paraná, quilombolas, benzedeiras e benzedores, indígenas Guarani Nhandewa e Xokleng, Capoeiras da Ilha de Santa Catarina, movimentos populares de bairro e MST estiveram reunidos em Paranaguá-PR, no “III Encontro de Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná: diálogos no Sul do Brasil”, para discutir a conjuntura, as experiências e as ações frente aos desafios que os diferentes grupos têm vivenciado em relação ao reconhecimento de suas identidades coletivas mas, sobretudo, para a efetivação de seus direitos sobre os territórios que ocupam tradicionalmente.

São comunidades que estão em situação de risco pois seus territórios de vida estão ameaçados por um conjunto de atividades ligadas ao agronegócio (transgênicos, monoculturas como soja, pinus e eucalipto), pesca industrial, construção de hidrelétricas, mineração ou criação de unidades de conservação de proteção integral, como foi denunciado durante o encontro. Também, destacou-se a falta de ações concretas do Estado para promover e defender os direitos destas comunidades (território, educação, transporte, energia eléctrica, etc.). Diante destas situações, o encontro serviu como forma urgente de visibilização dos problemas que as mesmas atravessam e para que a sociedade civil possa conhecer, compreender e apoiar suas causas e lutas. Nos estados do Paraná e Santa Catarina, elas estão distribuídas por quase todo o estado em áreas de rica biodiversidade que as mesmas ajudaram a manter.

No dia 22 pela noite, aproveitando o III Encontro, ocorreu um Seminário de pesquisa no Instituto Federal do Paraná-Câmpus Paranaguá, com a presença do Prof. Alfredo Wagner Berno de Almeida (Nova Cartografia Social), Prof. Roberto de Souza Martins (IFPR-Paranaguá) e lideranças das Comunidades Tradicionais que relataram a importância dos processos de cartografia social na luta pelo reconhecimento de suas identidades.

São comunidades que estão em situação de risco pois seus territórios de vida estão ameaçados por um conjunto de atividades ligadas ao agronegócio (transgênicos, monoculturas como soja, pinus e eucalipto), pesca industrial, construção de hidrelétricas, mineração ou criação de unidades de conservação de proteção integral, como foi denunciado durante o encontro. Também, destacou-se a falta de ações concretas do Estado para promover e defender os direitos destas comunidades (território, educação, transporte, energia eléctrica, etc.). Diante destas situações, o encontro serviu como forma urgente de visibilização dos problemas que as mesmas atravessam e para que a sociedade civil possa conhecer, compreender e apoiar suas causas e lutas. Nos estados do Paraná e Santa Catarina, elas estão distribuídas por quase todo o estado em áreas de rica biodiversidade que as mesmas ajudaram a manter.

No dia 22 pela noite, aproveitando o III Encontro, ocorreu um Seminário de pesquisa no Instituto Federal do Paraná-Câmpus Paranaguá, com a presença do Prof. Alfredo Wagner Berno de Almeida (Nova Cartografia Social), Prof. Roberto de Souza Martins (IFPR-Paranaguá) e lideranças das Comunidades Tradicionais que relataram a importância dos processos de cartografia social na luta pelo reconhecimento de suas identidades.

Além do relato sobre a contribuição das cartografias sociais enquanto um instrumento na mobilização de cada segmento das comunidades tradicionais, os membros da mesa realizaram uma análise de conjuntura acerca dos processos de luta dos grupos, assim como abordaram questões teóricas e jurídicas em âmbito nacional e internacional. Foi enfatizado o esgotamento das políticas de reconhecimento formal e a necessidade de organização política a fim de encaminhar ações efetivas de controle sobre os territórios de vida dessas comunidades por elas mesmas. Ao final desse diálogo, ocorreu o lançamento do livro “Identidades Coletivas e Conflitos Territoriais no Sul no Brasil”, organizado pelo grupo de pesquisa do mesmo nome, que aborda vários conflitos vivenciados pelas comunidades.

O III Encontro de Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná e o Seminário de pesquisa foram idealizados e organizados coletivamente por membros das comunidades tradicionais do Paraná e Santa Catarina juntamente com pesquisadores do IFPR – Câmpus Paranaguá, UDESC, UFPR (Coletivo Enconttra) e UFPR Setor Litoral.

identidades coletivas e conflitos territoriais - livro

Enviado para Combate Racismo Ambiental por Laura Rougemont.

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