Museu Nacional lança Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas

O PROFLLIND é uma iniciativa pioneira no Brasil, por ser o primeiro curso de pós-graduação da área de Letras e Linguística a investir em um projeto de educação profissionalizante que inclui as línguas indígenas, respondendo a uma demanda crescente de profissionais que trabalham com a temática indígena. Tem como objetivo preparar, para o exercício especializado, aqueles que, no seu exercício profissional, necessitam dos aportes científicos e técnicos da Linguística, com vistas ao desenvolvimento de suas práticas e à transmissão de habilidades específicas em contextos de uso de línguas indígenas.

PÚBLICO ALVO

Profissionais que têm sua atuação marcada pelo desafio de enfrentar a materialidade das línguas indígenas e os elos de sua inserção em contextos sociais e culturais específicos. São eles:

  • egressos de Cursos de Graduação ou de Cursos de Terceiro Grau indígena;
  • profissionais das áreas de saúde e de educação em área indígena;
  • pesquisadores em línguas e culturas indígenas;
  • agentes envolvidos em processos de revitalização linguística;
  • professores do ensino regular fora de áreas indígenas dedicados ao ensino de História e Cultura Indígena;
  • integrantes de organizações governamentais e não-governamentais com foco de atuação junto a povos indígenas.

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

  • Linguística e Línguas Indígenas
  • Reúne aportes científicos e técnicos da Linguística e os direciona para a compreensão das línguas indígenas e suas respectivas materializações em contextos de uso real.

LINHAS DE PESQUISA

Descrição, Análise e Documentação de Línguas Indígenas: 

Focaliza a descrição, a análise e a documentação de línguas indígenas, levando em consideração a existência de diferentes posições teórico-metodológicas. Inclui o estudo das estruturas linguísticas, os modelos de análise linguística, a prática em análise de dados, os estudos comparativos, os estudos de sistemas de caso.

Língua, Cultura e Sociedade:

Volta-se para as línguas indígenas a partir da visão da linguagem como uma prática social. Inclui a Linguística Antropológica ocupando-se da etnologia dos indígenas sul-americanos, em termos das principais questões e contribuições da Linguística. Sob o ângulo da linguagem como prática social, alia o estudo das estruturas lingüísticas aos aspectos discursivos e semânticos e ocupa-se de projetos de revitalização linguística e de políticas lingüísticas mais amplas.

Ambas as linhas são atravessadas, no contexto do curso, pela preocupação com a produção de material didático, quer em primeira língua (L1), quer em segunda língua (L2) – o que se encontra consubstanciado no elenco de disciplinas e em sua articulação.

CORPO DOCENTE:

O corpo docente, atualmente, é constituído por 9 doutores. São 8 professores permanentes e 1 professor colaborador.

Professores Permanentes (clique no nome para acessar o Lattes):

Professor Colaborador:

PROCESSO DE SELEÇÃO

O edital de seleção e o calendário do curso serão divulgados no segundo semestre de 2015, através da página do Museu Nacional/UFRJ.

Destaque: foto de Ana Patrícia Ferreira. Oficina Linguística para Professores Apurinã. Local: Terra Indígena Peneri Tacaquiri, Comunidade Apurinã de Boa União, Pauini/AM. Professor: Kuyuri Gloclines Apurinã.

Comments (9)

  1. Boa Noite, sou da etnia Pataxó extremo sul da Bahia e tenho interesse em fazer mestrado na area de linguística pois recentemente defendi na UFMG nessa área de conhecimento pós meu povo faz parte do mesmo tronco linguístico dos Maxakali onde estamos em processo de revitalização da língua e pretendo dar seguimento nessa área para que possa reafirmar ainda mas a questão linguística do meu povo. Gostaria de saber melhores informações. Txango! Saudações Pataxó.

  2. Olá. Moro em Cuiabá/MT. Trabalho como educadora popular voluntaria na Rede de Educação Cidadã (RECID) e nosso trabalho abrange os povos indigenas Tictanos e outros do Mato Grosso do Sul. Sou assistente Social, no momento não atuo ba área e me interessei pelo mestrado. Vai ser muito util essecurso nos processos de resgate historico dacultura indígena dos ticquitanos/MT/MS. GOSTARIA DEFAZER ESTE CURSO PARA MELHOR CONTRIBUIR COM O TRABALHO JUNTO AOS PIVOS INDIGENAS.

  3. Gostaria de cursar o mestrado em linguas indigenas pelo fato de minha etnia trabalhar com a reviltalização da linguas e suas culturas ,me ajudaria muito a ajudar meu povo.

  4. Parabéns ao Museu Nacional-UFRJ e aos professores que fazem parte desse projeto único e necessário para quem se dedica ao trabalho com a temática indígena. Tenho certeza que o PROFLLIND fará história e a concorrência será grande para se conquistar uma vaga. Sucesso para vocês e espero poder cursar alguma disciplina, pois faço Mestrado em Estudos de Linguagem na UFF, na linha de pesquisa em História, Política e Contato Linguístico, e minha pesquisa direciona-se ao indígena. Sou de Tabatinga-AM, fronteira com a Colombia e o Peru e moro na região que abarca uma grande parte de aldeias indígenas, principalmente de etnia Ticuna. Tive a oportunidade de conhecer a Prof. Beatriz Protti Christino no I Colóquio do LabPEC na UFF semana passada e foi um prazer. E a prof. Marília Facó nem se fala, seu currículo já diz tudo. Desejo sucesso nessa iniciativa brilhante.

  5. Estou muito interessada no mestrado é um grande ganho oportuno para trabalhador de saúde indígena. Trabalho à 14 anos com saúde indígena no sudeste do Pará

  6. Será um praser meu querido Valdemir, Eu sou india da etnia potyguara, moro na Aldeia mundo novo, no municipio de Mons-tabosa-ceará e aqui estamos Revitalizando nossa lingua tupi e estamos com um projeto de curso em tupi para indigenas e professores da rede munipipal, o curso já começou e tem durabilidade de 10 meses.Estamos vendo o tupi antigo, contemporaneo e as palavras em tupi espalhadas em todo ceará no nome das cidades, animais, abelhas, árvores e estamos criando frazes e palavras com os nomes.Aqui nesse municipio tem 4 etias: potyguara, tabajara, gavião e Tubiba tapuia.Então eu sou graduada em Pedagogia(uva(universidade Vale do Acarau), Antropologia pela UPS(UNIVERSIDADE POLITECNICA SALESIANA) DE QUITO ECUADOR e FIZ PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESCOLAR INDIGENA PELA UNEMAT(UNIVERSIDADE(mato grosso) más estou querendo muito fser esse curso de mestrado em llinguistica e linguas indigenas.Sou diretora da escola indigena povo caceteiro e todos os nossos professores são indigenas e na sua maioria estão tambem querendo faser esse curso. pronto. vou anotar seu emais e te escrever
    Teka potyguara

  7. Olá Teresinha, curso mestrado na UnB -DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, PORTUGUÊS E LÍNGUAS CLASSICAS – LIP – PPGL – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA,……..Meu projeto de pesquisa é Revitalização da Lingua do Povo Tupinikim do Estado do Esp. Santo da Região Sudeste… e gostaria de trocar ideias com vc..o meu email ([email protected]), pode ser!!!Abç

  8. Gostaria muito de cursar mestrado em linguistica e linguas indigenas pelo fato de já está revitalizando a lingua tupi aqui no nordeste. Nadamais justo conseguir uma vaga para me formar em linguistica

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