Ouvi no rádio um moço – que falava muito bonito, diga-se de passagem – defendendo que o Brasil precisa deixar de lado antigos preconceitos e adotar uma economia sem amarras e impedimentos. Uma economia livre, em que qualquer um possa vender sua força de trabalho ou qualquer outra coisa que lhe pertença, do jeito que quiser, sem a tutela do Estado opressor.
E se qualquer parte se sentir prejudicada, que procure a Justiça, oras!
Concordo plenamente.
Vocês querem saber a verdadeira razão do Brasil não ir para frente? Não, não é a desigualdade social, a corrupção, a falta de solidariedade, a concentração de renda e de poder ou os fundamentalismos mil. O motivo é simples: o brasileiro não se vende direito.
Agora que o Congresso Nacional, com o apoio ativo ou a omissão do Executivo, cavalga velozmente o desmantelamento da legislação trabalhista e de proteção aos direitos humanos, podemos sonhar com o dia em que a Lei Áurea será revogada. Então, temos que estar preparados para nos adaptar economicamente a esses excitantes novos tempos.
Trago cinco casos em que o brasileiro soube aproveitar bem o seu valor. Imagine só o quanto o país poderia crescer se deixasse de regular tudo e a interferir na vida das pessoas? Afinal, somos mais de 200 milhões de pessoas. Dá para fazer muito dinheiro com isso.