Amazônia Brasileira debate a mulher no mercado de trabalho

A longa luta das mulheres por igualdade salarial ainda está longe do fim. Quando o assunto é a mulher negra, o tema é ainda mais delicado

Beth Begonha  – EBC

A longa luta das mulheres por igualdade salarial ainda parece longe de chegar ao fim. Pesquisas recentes revelam que é ainda muito comum mulheres que ocupam o mesmo cargo de homens receberem salário menor, sem que haja justificativa para isso. Em certos casos a situação é ainda mais esdrúxula, pois, as mulheres têm estudado mais do que os homens, muitas com pós-graduação, conhecimento de um idioma e ainda assim, seguem ganhando salário inferior ao de homens menos preparados.

Quando o assunto é a mulher negra, aí o tema consegue ser ainda mais delicado. Há muitas queixas em relação a uma mistura perversa da questão de gênero e da racial, que leva mulheres negras a reclamar que são preteridas em diversas situações em relação a mulheres não negras e que muitas vezes, em uma escala salarial de critério altamente duvidoso, elas viriam em última posição. Apesar dos avanços, a situação de desigualdade permanece em muitos casos.

Recentemente uma declaração do deputado Jair Bolsonaro reaqueceu a discussão. Em entrevista recente o deputado afirmou que acha “injusto as mulheres ganharem o mesmo salário que os homens, já que elas podem engravidar”…

No Amazônia Brasileira desta terça-feira (3), a assessora da Coordenação de Enfrentamento ao Racismo da Secretaria de Política para Igualdade Racial, Luana Natielle faz um balanço realista da situação atual, e analisa o quanto declarações como essa do parlamentar podem alimentar retrocessos na postura dos contratantes e, sendo ele um deputado, converter-se em retrocesso na própria legislação. Luana milita na causa feminista e, em particular, no que tange à mulher negra desde sua formação acadêmica.

O programa Amazônia Brasileira vai ao ar a partir das 8h na Rádio Nacional da Amazônia, em rede com a Rádio Nacional do Alto Solimões, onde é transmitido ao vivo às 5h. A produção e a apresentação são de Beth Begonha.

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Foto: Engenheira – Rui Ornelas / Flickr

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