Instituições parceiras da SEPPIR são convocadas a trilhar o caminho da promoção da igualdade racial

Cerca de 400 pessoas participaram da atividade
Cerca de 400 pessoas participaram da atividade

Representantes da sociedade civil, parceiros governamentais e de organismos internacionais, gestores e gestoras ouviram o chamamento da ministra Luiza Bairros nesta quarta-feira, durante atividade de balanço do órgão federal, em Brasília-DF

SEPPIR

“Para trilhar esse caminho, precisamos da ajuda de muitas instituições, dada a abrangência da questão racial no país”. Com esta declaração a ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial), iniciou anteontem (03/11), sua fala no evento ‘SEPPIR: Balanço de Gestão 2011-2014’.

“Nosso trabalho foi marcado por um processo de diálogo constante com a sociedade civil e essa atividade vem mostrar o que fomos capazes de trilhar a partir dos resultados obtidos desde 2003, quando a SEPPIR foi criada”, salientou ainda.

Após uma breve retrospectiva do trabalho da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a SEPPIR, no período, a ministra agradeceu as parcerias estabelecidas com órgãos de governo, sociedade civil e organismos internacionais. “O caminho aponta diversas direções e possibilidades concretas. E a política só poderá ser de fato executada pelos gestores municipais e estaduais que atuam na ponta”, destacou.

Cerca de 400 pessoas, entre representantes da sociedade civil (membros do Conselho da pasta), de governos municipais, estaduais e do Distrito Federal, de instituições parceiras e servidores da pasta participaram da atividade. O evento foi realizado com o objetivo de socializar as iniciativas realizadas pelo órgão nos últimos quatro anos e apontar as perspectivas para o fortalecimento institucional da política de promoção da igualdade racial no Brasil.

Também esteve presente na solenidade o ministro da Educação, Henrique Paim, o presidente do Instituto de Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, o secretário-geral das Relações Exteriores, embaixador Eduardo Santos, o presidente da Frente Parlamentar Mista pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas, deputado Luiz Alberto (PT-BA), a secretária executiva da SPM (Políticas para as Mulheres), Lourdes Bandeira, e o presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Almeida Cobra.

Bons exemplos
Experiências exitosas relacionadas ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), foram apresentadas por titulares de órgãos sobre a temática do município de Rio Branco (AC), Lúcia Ribeiro, e do Estado da Bahia, Raimundo Nascimento. Ambos relataram conquistas a partir da adesão ao Sinapir, mostrando como a institucionalização da Política de Igualdade Racial em âmbito nacional vem garantindo o aperfeiçoamento das ações de governo das áreas sociais e econômicas.

Prêmio Lélia Gozalez
Também deram seus depoimentos a representante da Casa Laudelina de Campos Melo, Cleusa Aparecida da Silva, e a representante do N’Zinga Coletivo de Mulheres Negras de Belo Horizonte, Ayala Santeiro. As duas entidades foram contempladas pelo Prêmio Lélia Gonzalez – Protagonismo de Organizações de Mulheres Negras.

Realizado em parceria com a SPM no contexto das homenagens a Lélia Gonzalez, o Prêmio buscou promover o reconhecimento público das iniciativas de mulheres negras, visando seu contínuo fortalecimento como sujeitos de direitos à participação integral na sociedade brasileira. Visou também colaborar com a disseminação de experiências inovadoras de organizações de mulheres negras.

Ações do Plano Juventude Viva também foram destacadas durante o Balanço, através de relatos de parceria da SEPPIR com o Centro de Estudos e Memória da Juventude e do Fórum Nacional de Juventude Negra. Já a Instituição de Tradições e Cultura Afro Brasileira São Judas Tadeu trouxe a experiência relacionada a povos e comunidades tradicionais.

O mestrado profissional de Desenvolvimento Sustentável em Comunidades Tradicionais, da Universidade de Brasília, foi mais uma parceria exitosa apresentada no evento. Egressa da primeira turma da pós-graduação, a estudante Samantha Rootsitsina e a professora Mônica Nogueira falaram sobre a iniciativa inovadora, que conta com apoio da SEPPIR e cuja segunda edição foi lançada nesta quinta-feira, durante o Seminário Educação Intercultural para a Sustentabilidade, na UnB.

Monitora Conapir
As demandas aprovadas pela sociedade civil na terceira Conferência Nacional de Igualdade Racial já podem ser associadas ao Plano Plurianual (PPA 2012-2015), à legislação e às políticas públicas vigentes. Esse cruzamento de dados é possível graças à Monitora Conapir, ferramenta virtual também apresentada no balanço e que, pela sua funcionalidade, oferece maior transparência sobre o processo de implementação das políticas públicas pelo governo federal.

Situação da população negra
A atividade teve espaço também para o lançamento do livro “Situação social da população negra por estado: indicadores de situação social da população negra segundo as condições de vida e trabalho no Brasil”. Desenvolvida no âmbito de um Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a SEPPIR, a publicação fornece dados atualizados sobre as características do grupo analisado, os avanços e as lacunas em termos de desigualdades raciais, de forma a contribuir com as reflexões para um panorama mais equitativo para o segmento em relação à população em geral.

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