Eduardo Penedo – Campo Grande News
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria) concluiu ontem (23) e já enviou a última análise sobre a questão relacionada com o valor da chamada “Terra Indígena Buriti”, em Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, região leste de Mato Grosso do Sul,para o Ministério da Justiça, em Brasília. O órgão rejeitou a proposta dos produtores rurais e manteve o valor da área de 15 mil hectares em R$ 80 milhões.
O trabalho foi realizado para esclarecer duvidas levantadas pelos fazendeiros, sobre o valor dos imóveis, incluindo na contestação, alegações de que a área faz parte da zona recomendada para agricultura intensiva.
Segundo a equipe técnica do Incra, os imóveis estão localizados em área recomendada para conservação dos recursos naturais e pastagens. O assunto vem sendo debatido desde o início deste ano quando foi realizada a avaliação pela União, no valor de R$ 80 milhões.
As contestações por parte dos produtores rurais começaram em maio quando contrataram uma consultoria para outro levantamento do valor das terras, o que resultou em R$ 124 milhões.
Em agosto, o Ministério da Justiça decidiu criar uma mesa técnica para analisar as contestações. Fez parte da análise o trabalho do INCRA justificando o valor de terra nua pesquisado pelos técnicos do órgão.
Conforme consta no processo sobre a questão, a metodologia utilizada pelo Incra foi de acordo com a NBR14653-1 e 3( Norma Brasileira de Avaliação de Imóveis Rurais), amplamente utilizada em avaliações oficiais e não oficiais, assim como em perícias judiciais. Também O Anuário da Agricultura Brasileira (2014), especializada em análise do agronegócio, cita que o preço de terras para a região em questão que é formada com pastagem de baixo suporte, está de acordo com o valor encontrado pela equipe técnica do Incra”.