Monsanto financia destruição do Cerrado no Baixo Parnaiba

monsoi escura horrívelMayron Régis, em Territórios Livre do Baixo Parnaíba

Ele esteve na casa do Vicente com a representante da Secretaria de Direitos Humanos ligada a Presidência da Republica. O Vicente explicou a ela as várias formas de pressão para sair de sua propriedade na Chapada do povoado Carrancas, município de Buriti. A representante pediu ao Vicente que telefonasse para a Secretaria quando o nível da pressão subisse. No final de julho e começo de agosto de 2014 a pressão subiu.

O plantador de soja André Augusto Kerber Introvini disputa com o Vicente de Paula uma área de 110 hectares de terras do Estado. O André liberou para que um madeireiro de Anapurus cortasse bacurizeiros dessa área. Com isso, ele pretende mudar a característica desse terreno que se recobre com bacurizeiros.

A família do Vicente e as famílias dos povoados Carrancas e Matinha vendem polpa dos bacuris que colhem dessa área.

Segundo o Vicente, a primeira vez que o André quis desmatar, alguém o impediu. Pode ter sido o Ministério Público.

A Raimunda, filha do Vicente, como forma de garantir a posse da sua família, resolveu construir sua casa no terreno. O senhor Mazinho, funcionário do André, ordenou que as obras da casa parassem senão o seu patrão viria com a policia.

Uma coisa que o Mazinho esqueceu que a policia, se não for flagrante, só aparece em uma residência com ordem judicial. O André não é juiz ou é?

Quem financia a produção do André e, por conseguinte, os seus desmatamentos do Cerrado, é a empresa Monsanto. O plantador de soja distribuiu várias placas com a marca da empresa por toda a Chapada.

Sobre essas placas, a senhora Maria Rita, esposa do Vicente, apenas diz que as crianças arrancam todas e jogam fora.

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