Sem Terra mantém acampamento ao lado da Justiça Federal no ES

Es ocupaDa Página do MST

Nesta sexta feira (01/08) foi realizado um ato em defesa da Reforma Agrária. Famílias acampadas e assentadas da região, lideranças da Via Campesina e outras organizações marcharam pela cidade de São Mateus, exigindo que diversas áreas que estão paradas na justiça sejam desapropriadas para Reforma Agrária.

São 11 fazendas, totalizando 9.395,86 hectares de terra demandadas pelo MST, todas improdutivas, aguardando por decisão judicial. Enquanto isso, mais de 600 famílias permanecem acampadas em diversos municípios do estado.

Montar acampamento na cidade é uma das formas de manter próximo dos órgãos responsáveis pela liberação dessas áreas, nesse caso, a justiça federal.

Não só isso, como nos centros urbanos se encontra a maioria da população, e o diálogo do Movimento sobre o tema da Reforma Agrária Popular é essencial.

Histórico

Desde segunda-feira (28/07), famílias organizadas pelo MST se mantêm acampadas ao lado da justiça federal de São Mateus (ES) exigindo do Estado celeridade nos processos ajuizados que estão parados na justiça.

Diversas organizações do campo e da cidade tem apoiado a luta, participando das audiências, mobilizações, e viabilizando as condições para a permanência das famílias nesse acampamento, com famílias oriundas de outros acampamentos instalados nos municípios de São Mateus, Montanha e Linhares.

Na quarta-feira (30/07), a direção do MST e representantes do Conselho de Defesa dos Direitos Humanos do Espírito Santo (CDDH-ES), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)  e Incra, se reuniram em audiência junto ao juiz federal Dr° Nivaldo Dias, que relatou as decisões referentes às fazendas Floresta e Texa, que se encontram com processos na referida vara judicial. As áreas somente aguardam a decisão sentencial para serem destinadas.

Quanto à Fazenda Primavera, área também reivindicada pelas famílias, segundo o magistrado, ainda é necessário aguardar o resultado de pericias do Incra. De acordo com o MST, esse processo poderá prolongar até seis meses para que sejam tomadas as decisões por parte da justiça.

Essas duas fazendas, que totalizam 1.620,3 hectares podem assentar mais de 100 famílias que estão acampadas na região.

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