MPF em Rondônia e instituições federais e estaduais discutem educação para o povo Cinta Larga

mPF na comunidadeCursos de capacitação, sistema de cotas etnico-sociais e programas especiais foram os temas tratados

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O acesso à educação para o povo indígena Cinta Larga foi o tema de uma reunião na última quinta-feira, cinco de junho. O procurador da República Reginaldo Trindade, representantes da Universidade Federal (Unir), Instituto Federal de Educação (Ifro), Funai, Secretaria Estadual de Educação (Seduc), outras instituições e lideranças indígenas trataram do sistema de cotas no ensino superior, cursos técnicos e projetos educacionais em benefício daquele povo indígena.

“A educação é a única forma de tirar aqueles indígenas da situação precária em que se encontram, com oportunidades de ingresso no ensino superior e capacitações voltadas para o desenvolvimento de alternativas econômicas”, disse o procurador.

A reitora da Unir, Maria Berenice Alho da Costa Tourinho, disse que a instituição está em fase de estudos para a aprimoramento do sistema de cotas. A modificação foi uma sugestão do Ministério Público Federal (MPF) para que candidatos de cada grupo ético-social (indígenas, negros e pardos) disputem apenas com outros candidatos do mesmo grupo. Atualmente, indígenas, negros e pardos concorrem todos às mesmas vagas.

Segundo a reitora, a Unir também desenvolve o Programa Intercultural, no campus de Ji-Paraná, com 45 vagas para o curso de licenciatura em Educação, exclusivamente para indígenas. Para poder ampliar a quantidade de alunos, é necessário mais recurso do Ministério da Educação.

O Ifro informou durante a reunião que pode oferecer cursos de curta ou longa duração, dependendo das necessidades dos alunos. Quanto aos cursos superiores, o ingresso pode ser feito por meio de cotas etnico-sociais.

Funai, Unir, Ifro e Seduc enviarão ao MPF, em 15 dias, suas cartas de serviços para informar sobre o que cada instituição oferece e que pode ser útil ao povo Cinta Larga. A partir da apresentação dessas cartas de serviço, o MPF e os demais parceiros definirão estratégias para melhoria da educação da comunidade indígena.

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