MA – Situação de tensão no Acampamento Salete Moreno, município de Ribamar Fiquene

violencia_campoCom informações enviadas para Combate Racismo Ambiental*

Hoje foi dia de muita violência da polícia que está sob as ordens de jagunço no Acampamento Salete Moreno, na Fazenda Arizona, Município de Ribamar Fiquene, no Sul do Maranhão! Sem comunicar ao Incra, à Ouvidoria Agrária, ao Ministério Público, às famílias acampadas, à Ordem dos Advogados, a NINGUÉM, muito menos ao desembargador Marcelo Carvalho Silva, que segundo Vânia, da coordenação do MST na região sul do estado, é relator substituto no processo de reintegração (cuja ordem judicial saiu em novembro do ano passado, mas após recurso dos acampados foi concedido prazo e estava-se aguardando que o dito proprietário se pronunciasse) deu prazo de dez dias, que vence hoje, a Polícia apareceu no Acampamento desde a manhã desta quarta-feira, aterrorizando no local para despejar os acampados em véspera de feriado, tudo feito “de surpresa”.

Estão com máquinas, derrubando casas e intimidando as pessoas, batendo, torturando, já tendo ocorrido a prisão de acampados, tudo sob a inoperância do Incra. A situação, dão conta os relatos, é muito crítica:Jurandir, ex-gerente da fazenda, conhecido como Juca, está no local juntamente com a Polícia, que tem à frente o major Brito, do Comando de Estreito, e segundo os acampados é Juca quem está comandando as ações da polícia, eivadas de arbitrariedade: já prenderam e bateram em pessoas, pegas de surpresa e sem nenhuma defesa.

A Defensoria Pública de Imperatriz, que geralmente ajuda a evitar casos de violência extrema como esse, não pode contribuir nesse momento, porque não tem competência para atuar ali e somente pode fazê-lo com autorização para intervir no caso que ocorre em Ribamar Fiquene. Daí é necessário que esta notícia seja bastante divulgada para que ao menos se saiba o que está acontecendo e assim se possa de algum modo intimidar esse tipo de ação.

Os relatos dão conta que por volta das 10h a polícia algemou e espancou o acampado Paulo Rogério a mando do Juca. Além disso, dois policiais à paisana entraram na casa de outro acampado e o prenderam. Os acampados EXIGEM ESCLARECIMENTOS SOBRE ESSA AÇÃO. E o mesmo deve exigir TODA A SOCIEDADE, nessa violência que infelizmente é comum no interior do Maranhão, nas periferias da capital e onde mais não alcançam as câmeras de televisão, a propaganda mentirosa do poder público e a inércia dos órgãos da Justiça (quando não agem sob o comando de jagunços) e da Reforma Agrária.

Todos exigem “Socorro” e “Justiça”!

*Omitimos o nome da pessoa para não colocá-la em risco. TP.

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