Exoneração de coordenadora do Dsei-Y, em RR, é publicada no DOU

Apesar de ocuparem pacificamente o prédio da Sesai, os índios não dispensam as armas. Foto: Érico Veríssimo/G1RR
Apesar de ocuparem pacificamente o prédio da Sesai, os índios não dispensam as armas. Foto: Érico Veríssimo/G1RR

Joana Claudete teve demissão com data retroativa a de dezembro. Indígenas pressionaram o MS por demissão da coordenadora.

Valéria Oliveira, do G1 RR

O Ministério da Saúde (MS) publicou nessa segunda-feira (6) a exoneração da coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), Joana Claudete Schuertz, no Diário Oficial da União (DOU). Com data retroativa a 11 dezembro de 2013, a demissão foi assinada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

De acordo com Claudete, ela não sabia que a exoneração seria com data retroativa, tendo em vista que repondeu pelo órgão até o final do mês dezembro. Por telefone, ela explicou que vai procurar saber se a publicação foi um erro e se isso poderia ocorrer. “Vou averiguar porque aconteceu dessa forma”, ressaltou.

No último dia 3, o MS já havia confirmado a exoneração da servidora, que conforme o órgão, ocorreu a partir da avaliação da gestão de saúde oferecida à população indígena Yanomami. A coordenadora deverá ser substituída interinamente por Maria de Jesus do Nascimento, especialista em saúde pública e funcionária de carreira do Dsei.

Entenda o caso
No final de dezembro, índios Yanomami ocuparam o prédio da Sesai pedindo a exoneração de Claudete Schuertz e melhorias na saúde indígena. “Nossas crianças estão morrendo pela falta de remédios. Pedíamos que Claudete nos ajudasse, mas ela não nos escutava. Queremos o apoio da Dsei, mas não queremos mais que Claudete chefie a casa”, disse Davi Kopenawa, líder indígena, na ocasião.

Após a invasão do órgão e retirada de Claudete de dentro do prédio, a substituta da coordenadora do Dsei também teve a sala invadida e foi indicada pelos indígenas como coordenadora interina do Distrito. Os funcionários da Sesai deixaram o prédio temendo sofrer violência.

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