Tenharim: Duas notas para quem tem estômago forte

katia abreu e árvores

Por Canal do Produtor

1 – Federação da Agricultura do AM não aceita omissão da Funai

A Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas – FAEA, legítima representante da classe patronal agropecuária amazonense, vem por meio desta defender o direito à vida no campo, aqui em nosso Estado e também na floresta. Somos contra a violência e defendemos o direito dos produtores rurais e de todo e qualquer cidadão à vida.

Não aceitamos que a FUNAI se omita neste caso específico da Reserva Indígena Tenharim, onde existem fortes suspeitas de que membros dessa etnia teriam atentado contra a vida de três pessoas inocentes.

Acreditamos na Justiça. Acreditamos nas autoridades constituídas e nas instituições, por isso exigimos medidas urgentes e concretas na região para encontrar essas pessoas desaparecidas, que fazem falta, sobremaneira, às suas famílias. O Amazonas, assim como outras Unidades da Federação, não aceita a impunidade no campo/floresta.

Precisamos que a Polícia Federal, bem como outras forças de segurança entrem imediatamente na Reserva para averiguar o que de fato está acontecendo nessa área, onde suspeita-se que possam estar os desaparecidos.

A revolta do povo na região é grande e tememos um conflito generalizado, razão pela qual defendemos a presença efetiva do Estado brasileiro, tanto na Reserva Indígena, como nos municípios da Transamazônica, hoje em estado de choque pelos últimos acontecimentos.

Manaus, 28 de dezembro de 2013.

Muni Lourenço Silva Júnior
Presidente da FAEA

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2. CNA cobra providências urgentes das autoridades para desvendar paradeiro de trabalhadores desaparecidos no AM

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem a público registrar sua preocupação diante do clima de guerra instaurado entre brasileiros índios e não indíos em Humaitá, no Amazonas. Ao mesmo tempo, a CNA cobra providências urgentes das autoridades para desvendar o paradeiro de três trabalhadores desaparecidos há dez dias, depois de um suposto sequestro por índios Tenharim na rodovia Transamazônia.

Há tempos a CNA vem alertando a nação para as consequências danosas da forma irresponsável e omissa com que o Ministério da Justiça e a Fundação Nacional do Índio (Funai) têm tratado a questão indígena no Brasil. A omissão e os equívocos das autoridades é que têm fomentado o conflito de forma artificial e elevado a tensão a um grau inédito no país.

A CNA adverte que a revolta que motivou quase duas mil pessoas a atearem fogo na sede da Funai em Humaitá é mais uma prova irrefutável da necessidade de mudanças imediatas na condução da política indigenista, que envolve cidadãos brasileiros, índios e não índios, entre os quais um grande número de produtores rurais.

Brasília, 28 de dezembro de 2013.

Senadora Kátia Abreu
Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

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