Em São Paulo, prédio ocupado por 247 famílias será destinado à moradia popular

O prefeito Fernando Haddad publicou, na terça-feira (23), decreto que torna o imóvel, ocupado desde março de 2007, de Interesse Social
O prefeito Fernando Haddad publicou, na terça-feira (23), decreto que torna o imóvel, ocupado desde março de 2007, de Interesse Social

Vivian Fernandes, da Radioagência NP, em Brasil de Fato

Famílias sem teto da Ocupação Mauá comemoram publicação do Decreto de Interesse Social do imóvel. O prédio, localizado na Rua Mauá, em frente à estação da Luz, na região central de São Paulo, está ocupado desde 25 de março de 2007. O prefeito Fernando Haddad (PT) publicou o Decreto na terça-feira (23).

Uma das lideranças dos sem teto, Ivaneti Araújo, comemora a conquista dos movimentos por moradia.

“Esse decreto para a gente significa muito. Desde o início que nós ocupamos o imóvel, nós ocupamos com um objetivo, que era não só de atender a necessidade das famílias [por um teto] naquele momento, como também ter um projeto definitivo de moradia digna.”

Ivaneti faz parte do Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC), que iniciou a ocupação. Além do MSTC, também constroem a Comunidade Mauá a Associação Sem-Teto do Centro (ASTC) e o Movimento de Moradia da Região Central (MMRC).

As 237 famílias que vivem no edifício de seis andares da Rua Mauá agora aguardam a moradia definitiva. Após o decreto de interesse social, o imóvel será desapropriado e os antigos proprietários indenizados. A partir de então, haverá a implementação de um projeto arquitetônico e a reforma dos apartamentos.

Os movimentos por moradia preveem que outro decreto de interesse social referente a um edifício ocupado na Rua Prestes Maia seja publicado nos próximos dias.

Além de cobranças ao governo municipal, Ivaneti conta que os movimentos por moradia pretendem pressionar também o governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB).

“Estamos discutindo ações, mas não só ao governo municipal. O governo estadual também tem que se movimentar. Existem várias questões, vários programas de moradia dentro do governo do estado que acabam não sendo aplicados.”

(Foto: Frente de Luta por Moradia)

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