Polícia usa cavalaria, fecha ruas, usa gás lacrimogêneo e spray de pimenta e atinge até famílias na Quinta da Boa Vista

Maracanã -gás2

O confronto entre manifestantes e policiais no entorno do Maracanã, neste domingo, já provocou a interdição de vias importantes, como as avenidas Radial Oeste e Bartolomeu de Gusmão, no sentido Méier; e o fechamento da estação São Cristóvão do metrô. Na tentativa de dispersar um grupo que se refugiou na Quinta da Boa Vista, policiais dispararam bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta em direção ao parque, atingindo famílias que foram ao local em busca de diversão.

Por volta das 17h, a Radial Oeste e a Praça da Bandeira, no sentido Méier, estavam interditadas por causa de manifestação, contra o custo de vida nas cidades que sediarão a Copa e em favor de mais recursos para saúde e educação. As 17h15m, as vias foram reabertas. Os motoristas que seguem pela Avenida Francisco Bicalho e pela Avenida Presidente Vargas são orientados a seguir pela Avenida Paulo de Frontin e pelo Elevado Paulo de Frontin.

Maracanã gás

O protesto teve início por volta das 15h30m, pouco antes do início da partida entre México e Itália, pela Copa das Confederações da FIFA. O primeiro confronto envolveu aproximadamente 600 pessoas e policiais militares, que usaram spray de pimenta para dispersar a multidão. Este grupo foi contido na passarela que liga o estádio à estação do metrô. O clima ficou tenso no local e os manifestantes seguiram para a Quinta da Boa Vista. Um outro protesto também estava sendo realizado próximo à Rua São Francisco Xavier.

Maracanã -gás3

Um grupo de 25 artistas do Projeto Regar, um projeto de arte cristã, também fez um ato no local. Eles faziam uma caminhada lenta, com roupas bem simples e o corpo todo pintado com uma tinta bege. De vez em quando, em silêncio, abriam cartazes com uma frase bíblica em português e inglês. (…)

O fotógrafo Luiz Roberto Lima, das agências Estado e O Globo, atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo.
O fotógrafo Luiz Roberto Lima, das agências Estado e O Globo, atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo.

Durante o confronto, o fotojornalista Luiz Roberto Lima, que trabalha para as agências Globo e Estado precisou do auxilio de um bombeiro após passar mal com os gases de efeito moral lançados pela policia. Após o tumulto, o fotografo sentia dificuldade de respirar e enxergar.

– Não estou nem conseguindo abrir meus olhos – reclamou Lima, que foi socorrido por jornalistas e por um bombeiro.

Maracanã -gás4

Com materiais da Agência Brasil, Globo, Extra, IG e Jornal do Brasil.

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.