Organizações exigem que Ministério da Justiça acompanhe denúncia contra Vale

Da Página do MST

Na última terça-feira (28), uma comissão formada por militantes do MST e do Justiça nos Trilhos protocolaram uma denúncia por espionagem contra a mineradora Vale. Do conjunto de reuniões, foi deliberado um pedido direcionado ao Ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, para que a Polícia Federal possa investigar o caso.

As acusações, que vêm sendo divulgadas pela imprensa desde o dia 20 de abril, partiram de um ex-gerente de inteligência da mineradora. Elas dizem respeito à quebra ilegal de sigilo telefônico e bancário, bem como acesso irregular a dados do Infoseg (sistema que reúne informações de segurança pública, justiça e fiscalização) e da Receita Federal de jornalistas, trabalhadores, ambientalistas e membros de organizações sociais. Além disso, a empresa também foi acusada de infiltrar agentes nessas organizações para monitorá-las.

Ainda pela manhã, o secretário de Articulação Social do Governo Federal, Paulo Maldos, recebeu, em mãos, o dossiê que coloca a Vale sob suspeita.  “A situação nos preocupa, pois afeta a nossa segurança, o nosso direito de organização. Isso faz referência a etapas da história brasileira que pensávamos estar superada”, afirmou Padre Dario, integrante do Justiça nos Trilhos, ao citar a denúncia como algo que remonta a ditadura civil-militar.

Presente na reunião, a metalúrgica canadense, Judith Marshall também relatou as ações da Vale em seu país. Entre 2009 e 2010, funcionários da empresa no Canadá passaram 18 meses em greve (em Voisey’s Bay, na Província de Newfoundland e Labrador) por melhores condições de trabalho.

“A Vale vai deturpando a ação dos sindicalistas brasileiros. Falam que são pessoas ameaçadoras. Apoiamos a investigação desta denúncia por parte do governo brasileiro. Essa empresa é muito poderosa e os Estados em várias partes do mundo fazem muito pouco para regular as ações desta empresa nestas dimensões”, disse.

Já à Senadora Ana Rita, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado, integrantes do MST relataram a perseguição contra dirigentes do Movimento. “Várias lideranças estão sofrendo processos e ameaças”, pontuou Francisco Moura, integrante da coordenação nacional do MST.

Ana Rita comprometeu-se a levar a denúncia, não só ao Ministro da Justiça, mas também ao Ministério das Relações Institucionais.

A denúncia foi recebida pela Presidência da República, ao Ministério da Justiça, ao Ministério de Direitos Humanos, à Procuradoria-Geral da República, à Procuradoria-Geral do Trabalho, à Direção-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e presidência da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

Comments (1)

  1. Prezados senhores;

    Saúde e paz;

    IDENTIFICAÇÃO:
    Sou Aposentado (tempo de contribuição), Portador de Deficiência (Acidente de Trabalho), Idoso (64/65 anos);

    A DENÚNCIA:
    – Tenho somente uma Conta Bancária, onde recebo “somente” Beneficio do INSS e Pensão da Fundação FAF/BRF”;
    – Banco Itaú, AG: 6615, CC: 06468-7;

    – Ontem soube que, em 13/06, essa CC sofreu “Bloqueio Judicial”;
    • De NADA fui comunicado, nem pelo Banco, nem pela Justiça;
    – Liguei para o Banco que diz NADA poder informar…!
    – Liguei para a Promotoria da Cidadania, que me diz: “Proventos da Aposentadoria SÃO IMPENHORÁVEIS”…!!!

    PERGUNTO:
    – O que SABE esse Magistrado(a) sobre a pessoa que JULGOU e CONDENOU…?
    – O que SABE esse Magistrado(a) sobre a “procedência” dos VALOR que “FOI POR ELE(a) “BLOQUEADO”…?
    Seria a Justiça somente para: Pobres, Pretos, Incapazes, Aposentados ou:
    Para os cidadãos pobres, a espada fria e cortante da LEI; para os ricos, a liberdade até que não haja mais nenhuma possibilidade recursal, que leva o pomposo nome de “Trânsito em Julgado”;
    Sinto-me muito triste, envergonhado e impotente pela injustiça da justiça…!!!
    Gostaria muito de “IR À RUA PROTESTAR”

    “A denominada justiça social é a tentativa de, discordando da norma jurídica vigente, fazer justiça com as próprias mãos (ou com a própria tinta da caneta). Ainda que o positivismo seja uma utopia de estabilidade, se forem os juízes, ao invés de aplicarem a justiça, os que determinarão o que é justo, logo o sistema se tornará tão incerto quanto instável”(Autor desconhecido).

    Alguns mentores espirituais orientais me disseram: “Muitas injustiças que ocorrem são escolhas …. não há justiça social, mas pode haver justiça na sua vida”.

    Assim buscarei viver meus últimos dias na “paz e luz”, pois acredito na “vida após a vida”…!!!

    Gratos e, quem puder peço ajuda, orientação, clemência, justiça;

    Fiquem com Deus…!!!

    A J Zanuzzo

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