Casa Civil cede a ruralistas e pede suspensão de demarcação de terras indígenas no Paraná

Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) comemora controle da inflação pelo governoValdo Cruz, Folha de S. Paulo

A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) pediu ao Ministério da Justiça a suspensão de estudos da Funai (Fundação Nacional do Índio) para demarcação de terras indígenas no Paraná.

A decisão foi tomada depois que a presidente Dilma Rousseff determinou à Casa Civil que analisasse a situação das demarcações de terras indígenas no país, que está criando tensões entre ruralistas e índios em vários Estados.

No final de abril, a presidente foi alvo de vaias de ruralistas durante visita a Campo Grande (MS) para cerimônia de entrega de chaves de ônibus escolares a 78 prefeitos da região. Ela começou a ser vaiada assim que seu nome foi anunciado no alto-falante pelo locutor do evento, com gritos de “demarcação não”.

Também em abril índios fizeram manifestações em Brasília e invadiram o plenário da Câmara para protestar contra a demora do governo em demarcar suas terras no país.

O pedido da Casa Civil, encaminhado ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), foi feito com base em análise da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) sobre os estudos de demarcação de terras indígenas no Oeste do Paraná.

A Funai havia indicado 15 pontos no Paraná para demarcá-los como reservas indígenas, principalmente nos municípios de Terra Roxa e Guaíra, regiões de propriedades agrícolas. Para Embrapa, a presença de índios nos locais de estudo é recente ou até inexistente.

A Embrapa foi acionada pelo Palácio do Planalto para analisar todos os estudos em andamento pela Funai para demarcação de terras indígenas. O primeiro relatório a ficar pronto foi o do Paraná, Estado da ministra Gleisi Hoffmann.

O órgão está analisando ainda casos em outros quatro Estados – Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia. Caso as avaliações sejam na mesma linha do Paraná, a Casa Civil vai solicitar a suspensão dos estudos da Funai também nestas regiões.

Enviada por Pablo Matos Camargo.

Comments (2)

  1. Promotora de fraudes? Que fundamento tem a Embrapa para falar sobre terras indígenas? Quantos profissionais da área trabalham na Embrapa? E o que sabe o sr. sobre indigenismo pra falar quem integra o povo indígena? que 95% são esse, daonde tirou isso? E que 50% de terras sem ocupação tradicional são esses? Você conseguiu se convencer com os dados que você mesmo inventou?

  2. Se continuar sendo feito este análise por um órgão sério copmo a Embrapa e não por uma Funai já desmoralizada e promotora de fraudes vai se chegar a uma conclusão que mais de 50% dos estudos envolvendo mais de 50% das terras não tem nenhuma relação com ocupações antigas por indios e verá mais que na Bahia nos municipios de Ilhéus e Buerarema 95% dos que estão se dizendo indigenistas foram cadastrados pela Funai ilicitamente nada tem a ver com indios, muitos deles inclusic3e são elementos perigosos para a sociedade

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