MG – Investigações sobre morte de jornalista “tem linhas consistentes”, afirma delegado

Desde o final de março, a apuração do crime corre sob segredo de justiça. Primeira etapa com trabalhos em Ipatinga foi encerrada e equipe da Polícia Civil retornou à capital mineira

Emerson Campos – Estado de Minas

A primeira etapa das investigações que tentam esclarecer o assassinato do jornalista Rodrigo Neto de Faria, de 38 anos, morto em Ipatinga, no Vale do Aço, foi encerrada esta semana com “linhas consistentes de apuração”. Quem garante é o delegado responsável pelo caso, Emerson Morais. No entanto, sem adiantar nenhuma informação, Morais lembra a importância do sigilo para os trabalhos. “Nada ainda pode ser descartado e qualquer detalhe que revelarmos pode colocar tudo a perder”, destaca.

Desde o final de março, por decisão do juiz Antônio Augusto Calhais, a investigação corre sob segredo de justiça. O magistrado também aceitou a solicitação do delegado para que o prazo inicial de um mês para conclusão do inquérito seja estendido por mais 60 dias.

De acordo com o chefe do Departamento de Investigações de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Vagner Pinto, concluída a primeira etapa da investigação, a equipe comandada pelo delegado Emerson Morais retornou a Belo Horizonte, onde analisa as informações que possui e planeja as próximas fases do trabalho. De acordo com o chefe da Polícia Civil em Minas Gerais, Cylton Brandão, o caso é “umas das grandes prioridades investigativas” da corporação.

Rodrigo Neto de Faria 

O jornalista era conhecido por denunciar crimes com suspeita de envolvimento de policiais e de pessoas influentes na região, até mesmo os que teriam participação de grupos de extermínio. Ele fez matérias sobre o envolvimento de policiais nos crimes que ficaram conhecidos como Chacina Belo Oriente e o grupo de extermínio “Moto Verde”.

Ministra acompanha apurações 

No final de março, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, participou de audiência pública com representantes da Polícia Civil, Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e pediu agilidade na apuração do caso e punição exemplar para os culpados.

*Com informações da Polícia Civil

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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