Pelo segundo final de semana, o pastor Marco Feliciano, do PSC, é alvo de protestos

Protesto "Fora Feliciano!" contra a permanência do deputado Marcos Feliciano na Comissão de Direitos Humanos na avenida Paulista, região central de São Paulo

O pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, foi novamente alvo de protestos neste sábado (16).

Em São Paulo, pelo segundo final de semana consecutivo, manifestantes fizeram uma passeata que começou na avenida Paulista e desceu até a praça Roosevelt (centro). Três faixas da avenida da Consolação foram fechadas durante o ato, que durou cerca de duas horas. Organizado através da rede social Facebook, o protesto terminou com um show na Roosevelt. O protesto, que pede a saída do pastor da comissão, é organizado por militantes de direitos humanos e ativistas pelos direitos dos homossexuais e dos negros.

Também aconteceram hoje manifestações em outras cidades como Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Maceió, Manaus, Rio Branco, Campinas e Piracicaba. No Rio de Janeiro, o ato teve a participação de uma ativista do Femen.

Durante a semana, a sede de sua igreja, Catedral do Avivamento, em Ribeirão Preto (SP), foi alvo de manifestantes contra a sua permanência na comissão. Feliciano teve que cancelar a presença em cultos marcados para esse final de semana.

Na quarta-feira (13), a primeira reunião da comissão sob a presidência de Feliciano também foi marcada por protestos, bate-bocas e questionamentos.

Polêmico por suas declarações consideradas racistas e homofóbicas, o pastor foi eleito no dia 7 de março presidente da Comissão de Direitos Humanos por 11 votos dos 18 possíveis. Sua eleição deve-se a acordo entre partidos que concedeu a vaga ao PSC.

Nesta semana, a Folha mostrou que o deputado emprega pastores no seu gabinete, embora eles não trabalhem em Brasília nem no seu escritório político em Orlândia (SP), sua terra natal.

O regimento da Câmara diz que os assessores devem cumprir jornada de 40 horas semanais. Apesar disso, Feliciano saiu em defesa dos cinco pastores de que têm cargo de assessoria parlamentar no gabinete.

“Agora que as acusações de racista e homofóbico não vingaram, eles estão inventando que meus assessores não trabalham só porque são pastores”, disse Feliciano em sua conta no Twitter.

Enviada por Vanessa Rodrigues para Combate ao Racismo Ambiental.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1247667-pelo-segundo-final-de-semana-feliciano-e-alvo-de-protestos.shtml

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.