Filha de Chávez contesta Capriles e confirma data da morte de presidente

Em carta, María Gabriela Chávez (à dir. na foto) afirma ser "inconcebível que toda uma família tenha se prestado a tamanha mentira"

do Opera Mundi

María Gabriela Chávez, filha do presidente venezuelano Hugo Chávez, publicou nesta terça-feira (13/03) uma carta na qual assegurou que seu pai morreu no dia 5 de março, conforme o anúncio oficial feito pelo governo. Por essa razão, ela criticou duramente a oposição – em especial ao governador de Miranda, Henrique Capriles – que afirmam que o governante estava morto antes dessa data para “não brincarem” com a dor da família e do povo, chamando-os de “sujos”.

“Venezuela, com toda a responsabilidade do mundo, com toda a sinceridade da alma destroçada de uma filha que amou e ama seu pai infinitamente, lhes digo que meu gigante morreu lutando, e morreu em sua pátria no dia 5 de março de 2013, exatamente uma semana depois do meu aniversário”, diz a carta de María Gabriela.

Na carta, lida pelo ministro de Comunicação, Ernesto Villegas, perante as câmaras do canal estatal VTV, a filha de Chávez também pede “não brinquem mais com a dor de um povo e uma família que está devastada perante esta dura realidade”. “Não é justo, não é humano, não é aceitável que agora pretendam dizer que estivéssemos mentindo a respeito da data de sua partida”, afirmou.

María Gabriela Chávez também pediu “à essa oposição doente e especialmente ao senhor (Henrique) Capriles: pelo bem da pátria, os peço para fazerem política e não serem tão sujos”.

A carta aponta que é “simplesmente inconcebível” pensar que uma família inteira tenha se prestado a “tamanha mentira” ao fazer referência aos que dizem que Chávez morreu antes da data indicada. “Nunca interferi diretamente em questões políticas, porém nesses momentos tão delicados e vitais para mim e para o povo, veio a necessidade de levantar minha voz contra aqueles que querem jogar com a dor de minha família, a dor do meu povo e, sobretudo com a memória de meu pai gigante!”

Capriles acusou no domingo o presidente interino, Nicolás Maduro, de mentir sobre o que realmente ocorreu com Chávez, falecido na terça-feira passada por complicações no tratamento de um câncer na região pélvica, contra o qual lutou durante 20 meses.

Após ler essa declaração, Villegas afirmou ter recebido telefonemas de opositores criticando duramente as afirmações de Capriles, e convidou esses dirigentes a divulgarem publicamente suas opiniões “não se limitando a simples telefonemas”.

Compartilhada por Vanessa Rodrigues.

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